Lucros consolidados do Santander Totta caem 3,9% para 990 milhões

O Santander Totta teve lucros consolidados de 990,0 milhões de euros em 2024, menos 3,9% que em 2023, apesar do aumento de 10,7% nos resultados recorrentes, divulgou hoje o banco.

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Lusa
07/02/2025 11:55 ‧ 07/02/2025 por Lusa

Economia

Santander

De acordo com a apresentação de resultados, o resultado líquido consolidado compara com 1.030,2 milhões de euros, em 2023, sendo que este valor incluía mais-valias devido a uma operação dentro do grupo. Sem esta operação, os resultados do banco cresceram 10,7%, face aos 894,6 milhões de euros do ano anterior.

 

Na apresentação de resultados, o presidente do banco, Pedro Castro e Almeida, considerou que o banco "continua a crescer de uma forma sustentável" e que "foi um ano muito bom para o Santander em Portugal, diria que para o Santander [a nível] global".

A margem financeira, que é a diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos, manteve-se como a principal fonte de receitas do banco, crescendo 6,6% em termos homólogos, para 1.589,7 milhões de euros.

O administrador financeiro do Santander Totta, Manuel Preto, considerou hoje que os valores da margem financeira são próprios de uma normalização do sistema financeiro, depois de anos em que as taxas dos créditos estiveram negativas.

"Tivemos muitos, muitos anos em que todo o crédito estava indexado a taxas negativas e os depósitos, mesmo assim, estiveram sempre protegidos e tiveram uma taxa de 0%, no mínimo. Houve esse período de destruição de valor para os bancos e para os acionistas e que, na prática, gerou, depois, (...) pouca rentabilidade da banca portuguesa e da banca europeia, foi um período que podia ter tido consequências muito negativas", assinalou.

"O que temos hoje em dia é uma normalização daquilo que é o nível de rentabilidade que é necessário para que se tenha um sistema financeiro que seja sólido que esteja, no fundo, disponível para apoiar a economia naquilo que for preciso", garantiu o administrador com o pelouro financeiro do Santander Totta.

Já o presidente da comissão executiva do banco, Pedro Castro e Almeida, apontou que falta literacia financeira e que o banco cresceu 15% em 2024 nos produtos de fora de balanço, como fundos de investimento. No final de 2024, este valor atingiu 4.882 milhões de euros.

"Se nós formos a ver a rentabilidade média destes produtos, dos fundos de investimento, no ano passado, dos clientes que têm estes produtos aqui no Santander, foi na casa dos 6%", referiu o banqueiro.

No total de 2024, os custos operacionais subiram 1,6%, para 528,3 milhões de euros, dentro dos quais as despesas com pessoal avançaram 2,5%, para 291,6 milhões de euros, e as outras despesas administrativas 8,3%, para 196,1 milhões de euros.

No balanço, o crédito bruto atingiu 50,3 mil milhões de euros, numa subida de 12,9% face a 31 de dezembro de 2023. Dentro deste, o crédito à habitação cresceu 5,5%, para 23,3 mil milhões de euros, ao passo que o crédito ao consumo avançou 8,1%, para 1.933 milhões de euros.

O crédito às empresas e instituições teve um aumento de 21,6%, para 24.894 milhões de euros num desempenho considerado "anormal" pelo CEO do banco.

O rácio de crédito problemático (rácio de 'non performing exposure' na expressão técnica em inglês) era de 1,6% em dezembro (1,7% em período homólogo).

Face a 2023, os depósitos cresceram 5,4%, para 37.157 milhões de euros, "acompanhando o aumento da taxa de poupança das famílias".

Por sua vez, os recursos fora de balanço subiram 8,1%, para 8.731 milhões de euros.

Quanto a indicadores de solidez, no fim de 2024, o rácio de capital CET1 recuou para 16,0% (16,9% em período homólogo).

No final de 2024, o Santander Totta contava com uma 'almofada' de liquidez de 16,9 mil milhões de euros, que está "disponível para fazer face a eventos adversos".

Em 31 de dezembro do ano passado, o Santander Totta contava com 4.610 trabalhadores e 328 agências, numa redução líquida de, respetivamente, cinco funcionários e quatro balcões.

Em 2015, o Santander Totta (detido pelo Santander) comprou a atividade bancária do Banif por 150 milhões de euros. Em 2018, comprou por um euro o espanhol Banco Popular. Pedro Castro Almeida afastou novas aquisições e defendeu um crescimento orgânico.

A administração estima terminar ainda este mês o processo de fusão entre a 'holding' Santander Totta SGPS e o Banco Santander Totta SA.

[Notícia atualizada às 16h26]

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