O EBITDA (os resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) desceu 16% em 2024, para 1.537 milhões de euros.
Na comunicação enviada hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que "o desempenho positivo ao nível de receitas" em 2024 foi "neutralizado por menores ganhos de rotação de ativos" em comparação com 2023 "e maiores custos financeiros".
As receitas da EDP Renováveis (EDPR) aumentaram 4% no ano passado, para 2.320 milhões de euros, enquanto o investimento bruto alcançou os 4.119 milhões de euros, com a produção de energia renovável a registar um aumento de 6%, para 36,6 TWh (terawatt por hora).
A empresa destaca que, em paralelo, o preço médio de venda da energia na Europa caiu 3% em 2024, comparando com 2023, um impacto "suavizado pela contribuição da estratégia de cobertura e dinâmicas estáveis de preços nos EUA".
Em termos de impactos negativos nos resultados do ano passado, a EDPR refere na comunicação de hoje 777 milhões de euros "de itens não recorrentes".
Esses itens estão relacionados, essencialmente, com a decisão anunciada em dezembro de não continuar com os projetos na Colômbia e com uma "decisão preventiva" da Ocean Wind ('joint venture' que tem com a Engie) de registar uma imparidade de 133 milhões de euros no negócio nos Estados Unidos "devido à incerteza atual em torno dos projetos 'offshore' nos EUA após as ordens executivas presidenciais [de Donald Trump] emitidas em 20 de janeiro".
Numa conferência 'online' hoje à tarde, o presidente executivo da EDPR (CEO), Miguel Stilwell d'Andrade, garantiu que "apesar da incerteza regulatória" atual, a empresa está otimista em relação aos EUA, onde continua a haver uma perspetiva de crescimento económico e de aumento da procura de energias renováveis que a elétrica acredita estar "bem posicionada" para capitalizar.
O resultado líquido da EDPR em 2024 atribuível aos acionistas foi negativo, alcançando os 556 milhões de euros de prejuízos, segundo a informação enviada hoje pela empresa à CMVM, na qual a empresa revela que o Conselho de Administração decidiu propor à Assembleia Geral de Acionistas de 2025 "a continuidade" do programa de pagamento de dividendos, "com um 'payout' de 40%, o que implica uma proposta de dividendo de 8 cêntimos por ação".
A EDP Renováveis, que tem sede em Madrid, é uma empresa subsidiária e detida maioritariamente pelo Grupo EDP (Energias de Portugal), operando no domínio das energias renováveis.
[Notícia atualizada às 18h48]
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