Assinatura da revisão do contrato é "momento significativo" para RTP

O presidente do Conselho de Administração da RTP classificou hoje como "momento muito significativo" na vida da empresa a assinatura da revisão do Contrato de Concessão, que era "imperiosa" dada a mudança dramática do setor.

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Lusa
07/03/2025 17:27 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

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Nicolau Santos falava aos jornalistas após a assinatura do documento com o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que decorreu na sede da empresa, em Lisboa.

 

"Este é um momento muito significativo na vida da RTP, não só porque hoje cumprimos 68 anos, mas sobretudo por causa de estarmos a assinar a revisão do Contrato de Concessão que permanecia intacto desde a sua origem de 2015, embora já devesse ter sido revisto pelo menos por duas vezes", afirmou o gestor.

Esta revisão "era imperiosa dada a mudança dramática que o setor dos media tem conhecido em todo o mundo e que obviamente não imune a situação em Portugal", prosseguiu Nicolau Santos.

"Não posso deixar de sublinhar que esta revisão que ocorreu em tempo recorde, em cerca de três meses, só foi possível pela vontade política, determinação e pragmatismo que o senhor ministro e o senhor secretário de Estado, bem como as suas equipas, imprimiram a estas negociações, bem como o trabalho altamente profissional e de grande entrega e dedicação das duas equipas negociadoras", salientou, saudando-as.

As negociações "foram firmes, não foram fáceis, tiveram momentos seguramente difíceis", mas "foram feitas com grande lealdade e com grande capacidade de ultrapassar obstáculos porque o objetivo era mais importante do que as diferenças", sublinhou o presidente da RTP.

O objetivo era a RTP ter a revisão do seu Contrato de Concessão "adaptada aos novos tempos que enfrentamos", disse, referindo que 2025 "é também um ano histórico para a RTP porque está a concretizar o maior investimento deste século na sua modernização".

Esta visa a transição digital que é exigida "e sem a qual nenhuma empresa de media sobreviverá no futuro", vaticinou.

"Os tempos conturbados e sombrios que o mundo enfrenta exigem que o Serviço Público de Media reforce o seu papel indispensável na defesa dos valores democráticos em que assentam as nossas sociedades, no combate à desinformação, à manipulação, às verdades alternativas, ao racismo, à xenofobia, à intolerância e ao ódio", prosseguiu Nicolau Santos.

A RTP "será sempre uma televisão ao serviço da coesão social do país, da ligação às nossas comunidades de emigrantes, do relacionamento com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, do apoio aos produtores independentes e à indústria do audiovisual, do suporte ao ensino, à educação e à literacia mediática", elencou.

Os tempos atuais exigem que a "RTP através da rádio, televisão e digital chegue a todos os públicos através de diversas plataformas, desenvolvendo conteúdos específicos para cada um deles e permitindo à empresa adaptar-se com rapidez às constantes mutações do mercado", considerou.

"É isto que a revisão do Contrato de Concessão de Serviço Público permite", apontou, agradecendo ao ministro, em nome de todos os trabalhadores da empresa, a persistência e determinação do governante em conseguir fechar este dossiê.

Nicolau Santos recordou que o anterior contrato falava apenas em rádio e televisão.

"E todos nós hoje em dia sabemos que as plataformas digitais ocuparam uma presença incontornável na divulgação de informação e na possibilidade de chegarmos a novos públicos, nomeadamente aos públicos mais jovens", disse aos jornalistas o presidente da RTP.

Este Contrato de Concessão aponta nesse sentido e dá a possibilidade ao Conselho de Administração da RTP de poder responder mais rapidamente aos desafios que se vão apresentando, acrescentou.

Sobre a hipótese falada há alguns anos para criação de um canal infantil, o gestor salientou que atualmente é claro que este público "não vê televisão através do ecrã normal, vê através dos seus próprios 'tablets', 'gadgets' que os pais lhes dão" e isso é uma mudança que implica que a empresa tenha flexibilidade para responder aos desafios.

Leia Também: Governo tem trabalhado "intensamente" com o CA da RTP sobre rescisões

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