A Allianz recorda, em comunicado divulgado hoje, que "o relatório sobre a remuneração do CEO da Stellantis, Carlos Tavares, gerou uma notável oposição desde a fusão da Fiat Chrysler e da PSA, com 44% de votos contra em 2021, 52% em 2022, 48% em 2023 e 30% em 2024", sendo que a gestora de investimento "tem votado consistentemente contra".
Para a Allianz, "as garantias de alinhamento entre a remuneração dos executivos e os resultados a longo prazo da empresa são insuficientes" e as respostas da Stellantis sobre o tema não permitiram "dissipar as preocupações sobre a sua política de incentivos".
"O pacote salarial de 23,1 milhões de euros para o antigo CEO, proposto no relatório sobre as remunerações, parece desproporcionado, sobretudo tendo em conta os resultados operacionais inferiores ao esperado e as circunstâncias que rodearam a demissão forçada do CEO", reitera a gestora, defendendo que "o impacto do 'profit warning' na remuneração variável apenas se reflete no prémio (com pagamento zero), mas não nas restantes componentes da remuneração variável, que continuam a outorgar um pagamento de 20,5 milhões de euros".
Além do relatório sobre as remunerações da Stellantis, a Allianz anunciou também a intenção de votar contra os pontos 3a e 3f na próxima assembleia, em 15 de abril, "referentes à reeleição de dois administradores não executivos, pelo facto de ambos serem membros do Comité de Remuneração".
Como a gestora considera que a atuação e a supervisão do Comité de Remuneração continuam a ser motivo de preocupação e "dado que o presidente não será recandidato, a AllianzGI vai votar contra a reeleição de dois administradores não executivos, ambos membros do Comité de Remuneração".
A Stellantis, que agrupa 14 marcas na Europa e na América, como Fiat, Citroen, Peugeot, Opel, Chrysler e Jeep, viu o presidente executivo, Carlos Tavares, abandonar a empresa em 01 de dezembro, após maus resultados no terceiro trimestre.
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