O índice de referência da Bolsa de Valores Xangai subiu 36,83 pontos, para 3.223,64, enquanto o de Shenzhen registou uma subida de 214,75 pontos, para 9.754,6.
Estes mercados mantiveram assim a tendência com que abriram a sessão, ao subirem 1,29% e 2,29%, respetivamente.
Na segunda-feira, Xangai e Shenzhen caíram 7,34% e 9,66%, respetivamente, na sequência da imposição de tarifas entre as duas maiores economias do mundo.
Desde esse dia, conseguiram recuperar parcialmente da queda, face ao apoio ao mercado anunciado pelos investidores estatais chineses e aos planos de recompra de ações empreendidos pelas grandes empresas cotadas chinesas, com o objetivo de estabilizar as bolsas.
O novo aumento das taxas de 34% para 84% sobre os produtos provenientes dos Estados Unidos que chegam à China entrou em vigor hoje ao meio-dia na hora local (05:00, em Lisboa).
O aumento surge em resposta à taxa adicional de 50% anunciada na terça-feira por Donald Trump, que elevou para 104% o total de taxas sobre produtos chineses que entram no mercado norte-americano.
Na sequência do anúncio de Pequim, na quarta-feira, Trump voltou a aumentar as tarifas sobre a China para 125% com efeito imediato, ao mesmo tempo que declarou uma trégua de 90 dias na aplicação da maioria das tarifas anunciadas em 02 de abril aos restantes países do mundo.
A China ainda não anunciou a sua reação a este novo aumento.
A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo escalou rapidamente, numa altura de grande volatilidade nos mercados e de crescentes apelos internacionais à contenção. A China tem insistido que não quer uma guerra comercial, mas não tem medo de a enfrentar "se necessário".
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