As receitas da Altice Portugal subiram 0,7% no ano passado, face a 2023, para 2.775 milhões de euros, e o investimento global somou 422 milhões de euros.
"Os resultados de 2024 refletem a capacidade de adaptação da Meo num setor em profunda transformação", sendo que, "num mundo onde a conectividade é essencial para o progresso económico e social, a diferenciação apenas se consolidará na capacidade de inovar", adianta Ana Figueiredo, citada em comunicado.
"É este o foco, porque acreditamos que o investimento contínuo, com estratégia e racionalidade é o único caminho para o futuro", sublinha.
A digitalização, a inteligência artificial (IA) e a necessidade de infraestruturas mais eficientes e sustentáveis "estão a redefinir o papel dos operadores" e o setor deixou de ser "apenas um prestador de serviços de comunicação para se tornar um facilitador essencial da economia digital e da sociedade conectada", refere a gestora.
A Meo, diz, "tem abraçado esta mudança, transformando-se de 'telco' para 'techco' (empresas que evoluíram de provedores de telecomunicações para empresas impulsionadas por tecnologia), diversificando a sua oferta de serviços e ampliando o seu impacto para além das telecomunicações tradicionais, a setores como ICT, segurança, 'cloud' e inteligência artificial", prossegue.
Ana Figueiredo aponta o "crescimento da Meo Energia", que considera "um exemplo" da visão de futuro da empresa.
"Em poucos meses, conseguimos afirmar-nos como um 'player' relevante no setor energético, provando que a atuação integrada em ângulos que vão além do digital e das telecomunicações pode criar oportunidades para os consumidores e empresas".
Além disso, "estamos a investir na modernização das nossas infraestruturas, na automação e na utilização da inteligência artificial para melhorar a experiência dos clientes, otimizar processos e tornar os nossos serviços mais eficientes", elenca a CEO.
O caminho de inovação, salienta, "exige um forte compromisso com o investimento, porque só com redes robustas e tecnologia de ponta conseguimos responder às crescentes exigências do mercado e da sociedade".
"A expansão da fibra ótica e a consolidação da liderança no 5G são reflexo dessa aposta estratégica, que posiciona Portugal na vanguarda da conectividade", um processo "contínuo, com os olhos postos nas novas tecnologias e na cada vez mais rápida obsoletização das tecnologias anteriores", acrescenta Ana Figueiredo.
Contudo, a competitividade do setor decorrente da evolução tecnológica e dos investimentos feitos continua "a ser influenciada por desafios estruturais", pelo que Ana Figueiredo defende que "o quadro regulatório deve evoluir para acompanhar a realidade do mercado e permitir que os operadores continuem a inovar e a crescer".
Em síntese, "é fundamental garantir um ambiente que incentive o investimento em infraestrutura e serviços digitais, promovendo um setor mais sustentável e dinâmico".
"Acreditamos que um modelo regulatório mais equilibrado e ajustado aos desafios atuais permitirá reforçar a posição de Portugal como um 'hub' tecnológico e digital na Europa", reforça a gestora, asseverando que a Meo irá continuar "a fazer a sua parte: investir, inovar e transformar".
Apesar dos desafios serem muitos, "as oportunidades são ainda maiores" e a "Meo continuará a liderar esta mudança, criando soluções tecnológicas que fazem a diferença na vida das pessoas e das empresas, e é nesse futuro que estamos focados", remata.
As receitas da Altice Portugal cresceram em 2024, apesar da redução nas receitas da Altice Labs, provenientes essencialmente das vendas de equipamentos e 'hardware'. Excluindo o desempenho da Altice Labs, as receitas "mantiveram a rota de crescimento, tendo aumentado 5,4%" em termos homólogos.
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