Pinto Luz alerta para "suborçamentação" de obras como o metro de Loures

O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, alertou hoje para o risco de suborçamentação de alguns projetos estruturantes, como o metro Loures - Odivelas, cujo concurso teve de ser relançado, depois de as propostas terem ficado acima do valor estipulado.

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Lusa
15/04/2025 17:54 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

Ministro das Infraestruturas

O alerta do governante foi dado esta tarde, em Loures, no distrito de Lisboa, durante a cerimónia de relançamento do concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Loures - Odivelas (Linha Violeta), que contempla um valor de 600 milhões de euros.

 

No primeiro concurso para a Linha Violeta, no ano passado, as propostas apresentadas pela Zagope e pelo consórcio da Mota-Engil foram excluídas por excederem o preço base, que era de 450 milhões de euros.

"Assistimos a suborçamentação na habitação, na alta velocidade, também aqui no Metropolitano. Isso atrasa o desenvolvimento, o investimento e estamos a atrasar a vida dos portugueses. O que aqui ouvimos são anos de espera para centenas de milhares de pessoas. Temos de aprimorar estes processos", defendeu o governante.

Em março, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta que permite o reforço do financiamento da Linha Violeta em 150 milhões de euros ao custo total do investimento, permitindo o aumento de cerca de 28% do valor da empreitada, num valor base de 600 milhões de euros.

A esta verba há que acrescentar 77,5 milhões de euros destinados aos custos com expropriações e a todas as assessorias ao projeto, das quais se destacam a revisão de projeto e a fiscalização da obra.

O prazo para apresentação de propostas para o novo concurso é de apenas 45 dias, após publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

Hoje, tanto o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), como o de Odivelas, Hugo Martins (PS), sublinharam a importância da infraestrutura para a mobilidade nestes concelhos e na Área Metropolitana de Lisboa.

"Este é um processo que a Loures é muito caro. O concelho de Loures tem mais de 200 mil pessoas e tem uma zona oriental muito densa e tem esta zona norte que não é servida por nenhum meio de transporte pesado. Portanto, esta zona norte do concelho de Loures ansiava há muito tempo pela expansão do metro aqui", afirmou Ricardo Leão.

Já o presidente da Câmara de Odivelas destacou os benefícios para o concelho em termos de mobilidade e ambiente.

"Com a vinda do metro aqui à zona do Infantado [Loures] os passageiros são apanhados mais a montante, o que nos vai libertar estacionamento, pressão, reduzir as emissões de dióxido de carbono e de gases para a atmosfera. Portanto, este projeto é muito importante para Odivelas", apontou o autarca.

O financiamento da Linha Violeta do Metro de Lisboa, anteriormente previsto com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, vai passar pelo Banco Europeu do Investimento, Orçamento do Estado e Fundo Ambiental.

A Linha Violeta, com 11,5 km de extensão, contempla 17 estações: nove no concelho de Loures (que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 quilómetros) e oito no concelho de Odivelas (para servir as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças), numa extensão total de cerca de 5,1 quilómetros.

As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.

Segundo previsões do Metropolitano de Lisboa, no primeiro ano de exploração a Linha Violeta será procurada por 9,5 milhões de passageiros, ajudará a reduzir em 4,2 mil toneladas a produção de dióxido de carbono e evitará, diariamente, a entrada na cidade de Lisboa de 12,8 mil viaturas.

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