Lançada Bacia Oceânica de Leixões, 'semente' da economia do mar no Norte

A Bacia Oceânica, 'semente' da economia do mar entre o Porto e Viana do Castelo, viu esta terça-feira ser lançada a sua primeira pedra no Porto de Leixões, prometendo potenciar "um vale de inovação tecnológica", disse à Lusa um responsável.

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Lusa
15/04/2025 18:18 ‧ há 7 horas por Lusa

Economia

Leixões

a semente para que aqui a zona do Norte, entre o Porto - centrado aqui em Matosinhos - até Viana [do Castelo] ou até Caminha se crie um vale de inovação tecnológica para o mar", disse à Lusa Eduardo Silva, investigador do INESC-TEC e ISEP e um dos principais responsáveis pelo projeto.

 

Em causa está a Bacia Oceânica, "uma das obras principais do 'hub' zzul de Leixões", que terá dois polos.

"É uma infraestrutura que vai permitir o desenvolvimento e teste de equipamentos que vão para o mar. Quer sejam subaquáticos, quer sejam à superfície. Nos próximos tempos os equipamentos mais testados vão ser equipamentos para a energia 'offshore', mas também robótica de profundidade, aquacultura 'offshore'", explicou à Lusa.

A Bacia Oceânica representa um investimento de 12 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que deverá entrar em funcionamento num prazo de um ano e nove meses, disse à Lusa.

"É um tanque, uma infraestrutura centrada num tanque para permitir estes desenvolvimentos e estes testes nas próximas duas ou três décadas de trabalho, essencialmente desenvolvido aqui pelo INESC-TEC ou pelo INEGI, pelo CIIMAR e pelos restantes parceiros", descreveu Eduardo Silva.

O objetivo é que "apareçam empresas, mais equipas de investigação, mais gente a formar-se em tecnologias que são usadas no mar".

"Isto aqui é concreto. Aqui não há frases feitas, é mesmo trabalho árduo para a economia", defendeu.

Também presente na cerimónia de lançamento da primeira pedra do complexo, a secretária de Estado do Mar, Lídia Bulcão, disse que o investimento "representa uma opção clara na inovação tecnológica e no desenvolvimento sustentável da economia azul, constituindo mais um passo seguro na afirmação internacional de Portugal enquanto país líder na governação zelosa e consciente dos recursos marítimos".

"É fundamental deixar de olhar para o oceano como mar de oportunidades, uma frase feita que tantas vezes nos habituámos a debitar, e transformá-lo numa base de sustentação sólida para a instalação de novas indústrias e para o crescimento de emprego altamente qualificado e devidamente remunerado", vincou a governante.

O antigo secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, também esteve presente.

O Hub Azul Leixões é formado por um grupo de organizações liderado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência da Universidade do Porto (INESC-TEC).

Também fazem parte do consórcio de Leixões o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), o Fórum Oceano, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e a Câmara de Matosinhos.

O Hub Azul Leixões é um dos polos do Hub Azul Portugal, uma Rede de Infraestruturas para a Economia Azul, que se inscreve no PRR e tem por objetivo superior contribuir para a descarbonização e para a transformação digital da economia azul, tornando-a "mais competitiva, mais coesa, mais inclusiva e mais sustentável", aproveitando as oportunidades abertas pelas transições energética e digital.

Leia Também: Constrangimentos nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines e Leixões

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