China diz estar "aberta a consultas" com Washington, mas pede "respeito"

O Ministério do Comércio da China afirmou hoje que mantém "comunicação constante" com os seus homólogos norte-americanos e reiterou que Pequim está "aberta a consultas" com Washington se estas se basearem no "respeito mútuo".

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Lusa
17/04/2025 10:30 ‧ há 2 dias por Lusa

Economia

Tarifas

"O Ministério do Comércio da China mantém uma comunicação constante a nível de trabalho com os seus homólogos norte-americanos", declarou o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yongqian, em conferência de imprensa.

 

"A posição da China sempre foi clara: estamos abertos a consultas económicas e comerciais. Mas foram os Estados Unidos que impuseram tarifas unilaterais e são os Estados Unidos que devem pôr termo à pressão, à coerção e à chantagem", apontou He.

O porta-voz apelou ao "diálogo igualitário com base no respeito mútuo".

Também hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Lin Jian disse que as "tarifas recíprocas" adotadas pelos EUA "perturbam seriamente a ordem económica mundial e o sistema comercial multilateral", bem como "os interesses e o bem-estar das nações de todo o mundo".

"Estes atos unilaterais e agressivos criaram dificuldades e desafios sem precedentes", afirmou.

O ministro sublinhou que a China apoia a comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança, para "promover o debate, aprofundar a compreensão dos perigos do unilateralismo, reafirmar o compromisso com o multilateralismo e construir um consenso para salvaguardar os direitos legítimos e os interesses de desenvolvimento de todos os países".

A guerra comercial desencadeada pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou-se a 2 de abril, com o anúncio de "tarifas recíprocas" sobre o resto do mundo, uma medida que retificou uma semana depois, face à queda dos mercados e ao aumento do financiamento da dívida norte-americana.

Mas enquanto suavizava a sua ofensiva com a maioria dos países, aplicando uma tarifa generalizada de 10%, decidiu aumentar as taxas alfandegárias sobre a China, que retaliou com mais taxas.

Washington impôs taxas de 145% sobre as importações chinesas, enquanto Pequim aumentou as suas taxas sobre os produtos norte-americanos para 125%.

Os EUA decidiram, entretanto, isentar muitos produtos tecnológicos chineses, embora Trump tenha anunciado a aplicação de tarifas sobre os semicondutores "num futuro próximo".

Pequim nomeou na quarta-feira um novo representante para as suas negociações comerciais, Li Chenggang, substituindo Wang Shouwen, que integrou a equipa de negociações comerciais com os Estados Unidos durante o primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021).

Leia Também: Tarifas? Crescimento económico mundial vai desacelerar para menos de 2%

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