Governo tem de explicar a Bruxelas que faltam estradas no país

O antigo ministro, Mira Amaral, afirmou hoje, na Trofa, que o Governo tem neste momento o "enorme desafio" de "explicar a Bruxelas" que faltam estradas em Portugal para ligar as cidades às "excelentes autoestradas que o país já tem.

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Lusa
11/12/2014 13:41 ‧ 11/12/2014 por Lusa

Economia

Mira Amaral

"Passou pela cabeça de Bruxelas que temos excesso de autoestradas. E com alguma razão. Mas faltam estradas. Esse é um enorme desafio do Governo português", disse o atual presidente do banco BIC português.

Luís Mira Amaral falava na sessão de abertura da iniciativa "Encontros Empresariais - a caminho da competitividade - Investimento e financiamento à internacionalização e inovação (Angola)" que esta manhã decorre na Trofa, concelho do distrito do Porto.

Já à margem da sessão inaugural do encontro, Mira Amaral, em declarações aos jornalistas, explicou: "O país nos últimos anos investiu muito em autoestradas mas ainda falta fazer nas cidades estradas de ligação a essas autoestradas".

"As finanças públicas não estão em situação famosa. O Governo precisa de fundos comunitários para fazer estas coisas, mas está com dificuldade em Bruxelas porque Bruxelas responde que já temos demasiadas autoestradas. O Governo tem de explicar que ainda faltam algumas vias", acrescentou.

O ex-governante apontou como exemplo o concelho da Trofa, defendendo "uma via de comunicação rápida" que tire aquela localidade do "estrangulamento" que "todos sentem".

"O que é que serve ao país ter magníficas autoestradas quando é difícil sairmos da Trofa para (...) os portos e aeroportos, no fundo aqueles sítios de escoamento da produção de bens e serviços que felizmente a Trofa tem?", questionou.

Mira Amaral falou ainda do universo dos bancos BIC, de capitais angolanos, numa apresentação sobre mercados e oportunidades de negócio e de investimento perante uma assistência de cerca de meia centena de pessoas ligadas a empresas.

Mira Amaral destacou que o concelho da Trofa "tem um conjunto de excelentes empresas no domínio da metalomecânica e da indústria agroalimentar que são empresas obviamente que podem ver Angola como um mercado potencial ou mercado de interesse".

 

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