Há cerca de duas semanas, Portugal continuava a ouvir críticas por parte dos credores internacionais. Os julgamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Comissão Europeia fizeram-se ouvir assim que o Executivo rejeitou estender o programa de financiamento da troika, em junho do ano passado.
Meses mais tarde, aquando da primeira visita a Lisboa dos credores depois de terminado o memorando de entendimento, as críticas adensaram-se e os organismos internacionais disseram mesmo que as reformas de austeridade e o ajustamento orçamental tinham sido travados a fundo.
Ainda há bem pouco tempo (duas semanas) se ouviam críticas a propósito das previsões económicas de inverno. Mas, ‘do dia para a noite’, tudo mudou: Portugal passou de criticado a elogiado.
Esta segunda-feira, dia em que as instituições europeias fizeram um ultimato à Grécia, o nosso país era já visto como o exemplo de “como um país se consegue rapidamente voltar a por de pé”, como indica o Diário Económico. Quem o disse foi não só o presidente do Eurogrupo. Foi também a diretora do FMI e o ministro das Finanças alemão.