"O banco que não precisava de capital público estoirou e a 'troika' não percebeu", declarou Ulrich na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), onde está a ser ouvido desde cerca das 09:00.
O banqueiro falou depois do BCE: "Causa-me alguma perplexidade por que é que o BCE terá sido tão violento com o BES e anda com os bancos gregos ao colo. Por que é que foi tão duro e exigente com o BES?", questionou.
E acrescentou ainda: "Faz-me alguma confusão como foi possível um tratamento tão violento para um dos principais bancos do 'país maravilha' dos programas da 'troika'. 'Troika' essa da qual fazia parte o BCE e que não percebeu nada do que se passava no BES ao longo de três anos".
A comissão de inquérito teve a primeira audição a 17 de novembro passado e tinha inicialmente um prazo total de 120 dias, até 19 de fevereiro, que foi prolongado por mais 60 dias.
Os trabalhos dos parlamentares têm por objetivo "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".