"É uma história de sucesso esta das exportações portuguesas, com um mérito que pertence apenas às empresas e aos empresários", afirmou Ulrich num discurso, durante a abertura do encontro organizado pelo BPI e pela Cosec.
O responsável do BPI sublinhou que não se lembra de ter assistido a um saldo positivo da balança comercial portuguesa de bens e serviços durante dois anos seguidos, durante os últimos 40 anos.
Em causa esteve o desempenho das exportações e importações, em 2013 e 2014, e novamente no primeiro trimestre de 2015.
Ulrich lembrou que o peso das vendas portuguesas de bens e serviços ao estrangeiro passou de 30% para 40% do PIB (produto interno bruto), nos últimos 10 anos, o que coloca o país "à frente da Finlândia e próximo da Suécia e da Áustria", neste domínio.
"Estamos ainda longe da Holanda e da Irlanda, mas já com uma situação bastante honrosa e que era impensada há uns anos atrás", considerou o mesmo responsável.
O líder do BPI acrescentou ainda que desde 2007 as exportações portuguesas "estão a crescer ao mesmo ritmo das espanholas, as mais dinâmicas da União Europeia, e com ritmos superiores às da Alemanha e Irlanda".
Nos últimos cinco anos, de acordo com Ulrich, as exportações cresceram 7% por ano, enquanto as importações apenas 1,5%.
"Esta vaga das exportações portuguesas é um movimento que já vem de há mais anos, mas que se tem vindo a intensificar, devido ao aperto na procura interna que levou muitas empresas e empresários a virarem-se para o exterior", comentou também o mesmo responsável.
