Medina Carreira está certo de que será alcançado um acordo entre o Eurogrupo e o governo grego, mas frisa que “o assunto é particularmente complicado” e “o que se fizer implicará um compromisso e levará a que de três em três ou quatro em quatro anos haja problemas destes, até porque não se vislumbra que a economia grega dê a volta e comece a funcionar”.
“Creio que isto não tem fim, vai ser muito complicado”, afirmou o economista na antena da TVI24, explicando que “é um problema sério, especialmente porque o regime que vigora na zona euro não vai deixar países um pouco mais atrasados, como o nosso, ter uma vida fácil”.
O motivo pelo qual a Grécia se manterá no euro não é, na opinião do antigo ministro das Finanças, económico e financeiro, mas principalmente político.
“Estou convencido de que vão chegar a um acordo, não pela conveniência da Grécia mas pela conveniência da posição geográfica da Grécia: perto do Mar Negro e dominante em relação a todo o Mediterrâneo oriental” justificou, no seu espaço de comenário na TVI24.