Humberto Pedrosa "não é testa de ferro de ninguém"

O secretário de Estado dos Transportes afirmou hoje que o empresário português Humberto Pedrosa "não é testa de ferro de ninguém" nem está no consórcio Gateway, que venceu a privatização da TAP, para "fazer engenharia jurídica".

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Lusa
26/06/2015 23:47 ‧ 26/06/2015 por Lusa

Economia

Sérgio Monteiro

Sérgio Monteiro defendeu que Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro e um dos responsáveis pela Gateway, em conjunto com David Neeleman, "não está no consórcio para fazer engenharia jurídica, nem como testa de ferro de ninguém", em resposta ao Partido Socialista.

"O senhor Humberto Pedrosa tem provas dadas há muitas décadas. Mas a mim choca-me, enquanto português e enquanto membro deste Governo, que seja tratado assim um empresário relevante dentro deste setor pelo principal partido da oposição", disse o governante, em Lisboa, durante o seu discurso de intervenção no nono encontro Transportes em revista.

Sérgio Monteiro referiu que o Governo está na expectativa de que as autoridades que se têm de pronunciar - europeias e a Autoridade Nacional da Concorrência -- o façam rápida e favoravelmente para que o processo fique concluído assim que possível.

"Espero ainda que tenhamos condições de, nesta legislatura, celebrar a entrada dos 269 milhões de euros, curiosamente, parte deles, injetados na empresa por um grande empresário do setor dos transportes mais tradicionais", disse, numa alusão a Humberto Pedrosa.

Perante algumas dezenas de pessoas ligadas ao setor dos transportes, o secretário de Estado esclareceu que foi assinado um contrato de compra e venda definitivo da transportadora aérea com o consórcio Gateway e não um contrato promessa.

"Ontem [quinta-feira], o secretário-geral do Partido Socialista, [António Costa] usava a expressão contrato promessa entre aspas, porque sabe que não é um contrato promessa. Falamos de um contrato definitivo de compra e venda, que tem um conjunto de condições que têm de ser cumpridas", salientou Sérgio Monteiro.

No dia 24 de junho, foi assinado o contrato de compra e venda de 61% do capital da TAP entre membros do Governo e responsáveis do consórcio Gateway (de David Neeleman e Humberto Pedrosa), vencedor da privatização da companhia aérea.

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