"Não há condições de sustentação do sistema de pensões"

No programa 'Olhos nos Olhos', na TVI24, Medina Carreira focou-se na questão da austeridade em Portugal, considerando que se não se mexesse nos salários não se conseguiria diminuir a despesa.

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Notícias Ao Minuto
20/07/2015 23:52 ‧ 20/07/2015 por Notícias Ao Minuto

Economia

Medina Carreira

"Na proximidade de eleições há uma série de temas que transitam. Temas causadores de grande perplexidade", começa por afirmar.

Para Medina Carreira, a "austeridade é um problema sobre o qual há uma grande mistificação. Quando em 2011 o Estado esteve quase a falir o défice de 2010 era de 20 mil milhões e estamos em cinco praticamente. Foi uma barbaridade. Em seis anos teríamos conseguido isto sem perturbar a economia".

"É um tema que continua muito vivo, principalmente agora com a questão da Grécia", continua.

Contudo, o antigo ministro das Finanças acredita que "a austeridade é uma inevitabilidade. Um político quando vai para a austeridade é mesmo porque não pode fazê-lo de outra forma".

"Há muita despesa pública, na sua maior parte tem de ser mexida, nos salários, abonos, pensões, mas não podemos pôr em ordem as contas públicas sem mexer nestas coisas", admite

Relativamente ao ajustamento orçamental, o comentador da TVI acredita que "as coisas estão a andar, mas chegou-se aqui por vias que estão esgotadas".

Este desgaste é verificável porque "boa parte da queda da despesa pública foi à custa das despesas de investimento. Mas será que há muito mais para cair? Parece-me muito difícil. Não sei como é que o próximo Governo vai continuar com este ajustamento orçamental", frisa.

"Aqui o problema está mascarado. Não há condições de sustentação do sistema de pensões. Ou se há agora para se sustentar os atuais é com endividamento que depois se vá requerer nas próximas gerações. Se a economia não mudar muito profundamente o sistema de pensões não sobrevive. Isto tem andado muito escondido. O problema das pensões é um deles. Não vejo muitas voltas a dar", refere.

Para Medina Carreira, "estes embaraços seriam bastante mitigados com um prazo diferente e com uma capacidade de criar atratividade do investimento mais significativa. Nesta legislatura as maiores falhas são estas". 

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