Depois de Passos Coelho ter já dito que a proposta do presidente francês de uma "vanguarda" na zona euro provoca desconfiança e reservas aos países em processo de convergência, também o secretário de Estado dos Assuntos Europeus discorda da ideia.
“Não creio que a Zona Euro precise de uma estrutura com dois níveis. Do que precisa é de uma estrutura de governação que inclua e beneficie todos os seus membros”, disse Bruno Maçães ao Jornal de Negócios.
“A fragmentação coloca em causa os canais de transmissão da política monetária”, acrescentou, pelo que a medida seria um passo atrás.
Apesar de esta não ser ainda uma proposta consolidada, o presidente francês disse num artigo de opinião idealizar o nascimento de uma “vanguarda” na zona euro, com governo e parlamento próprios e composta pelos seis países fundadores do projeto europeu.
Foi o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, a assumir que a ideia de Hollande se dirige à França, Alemanha, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda.