Suportar os custos de uma universidade privada implica, pelo menos, 300 euros por mês em propinas. Com a crise, estes valores tornam-se insuportáveis, o que levou mais de 30 mil alunos a abandonar este tipo de instituições, segundo dados elaborados pelo Ministério da Educação, apurados pelo Expresso.
Para contrariar a tendência, a Universidade Autónoma elaborou a campanha "oferta 50% das propinas", que servirá a qualquer estudante que conclua o 12º ano de escolaridade e se candidate à instituição com uma nota média superior a 13 valores. No entanto, o valor pago estende-se apenas ao primeiro ano da licenciatura.
Mas há exceções: em cursos como Engenharia Eletrónica e Telecomunicação, a oferta estende-se a todos os alunos que reúnam as condições de candidatura. No caso da licenciatura em História, a isenção de propinas é total no primeiro ano.
Em declarações ao Expresso, o diretor de relações externas da UAL, Reginaldo Almeida, refere que "as campanhas pretendem ser um incentivo económico para os candidatos".
"Se a Autónoma concorre no campo da qualidade do ensino, não pode concorrer com a vantagem dada aos candidatos das instituições estatais, fruto do financiamento do Orçamento do Estado e do contributo de todos nós", acrescentou.