O chairman do Banif admite a fragilidade no sistema financeiro nacional. Questionado sobre se nos próximos anos a tendência será de fusões, abrindo caminho para que os maiores bancos a atuar em Portugal já não sejam nacionais – um alerta que Vítor Bento fez recentemente –, Luís Amado é claro: “Não posso deixar de concordar, porque essa tendência é irreversível”.
Em entrevista ao Diário Económico e Antena1, o ex-governante afirma que “caminhamos para o reforço da união bancária e, na linha desse processo, vamos ter licenças bancárias europeias”, uma situação que dará lugar à possibilidade de haver “bancos que podem atuar nos mercados da zona euro com a mesma marca e sem a fragmentação que hoje existe”.
Sobre a situação do Banif em Portugal, defende Luís Amado que, “proteger o Banif é proteger o dinheiro dos contribuintes que nele foi aplicado”.
Tal situação, explica, decorre do facto de o Estado Português ter participação no banco. “Do ponto de vista do Banif, o que posso dizer é que o banco é dos contribuintes, porque a maior parte do capital é pública”, afirma.
Já sobre o banco público português, defende o ex-ministro que, dado o momento atual na banca europeia, “é prudente manter a CGD no Estado”.