"O processo de venda do Banif foi organizado pelo Conselho de Administração do Banif em articulação com as autoridades, e as entidades que concorreram foram convidadas a participar no processo e o BPI não foi", afirmou Fernando Ulrich.
Isto, depois de ter sido questionado sobre as razões que tinham levado o BPI a abdicar da tentativa de compra do Banif, durante a apresentação das contas de 2015.
"Agora não posso reconstituir a história, mas caso tivesse sido convidado, provavelmente não teria apresentado uma proposta", disse o gestor.
E realçou: "Quando falhou a venda voluntária que estava em curso foi solicitado aos concorrentes que estavam nesse processo para participarem num novo. Apesar do BPI não ter sido convidado não era segredo que havia movimentos a correr".
Ulrich deixou ainda a ideia de que os esforços que a equipa de gestão do BPI tem feito para resolver a questão do Banco de Fomento Angola (BFA) também não deram grande espaço para outras 'aventuras'.
"Estamos tranquilos que seja o Banco Santander a ficar com as atividades do Banif", garantiu, ainda que admitindo que tem preocupações com os impactos que esta resolução vai ter no Fundo de Resolução, bem como a do Novo Banco.
"Sobre o Banif, aquilo que é importante para os clientes é que o negócio esteja nas mãos de um grupo forte e sólido e o Santander é", vincou.
Apesar da insistência dos jornalistas para que o líder do BPI explicasse quais são, no seu entendimento, as razões para o Banco de Portugal não ter convidado o banco para o processo de venda voluntária do Banif, Ulrich reiterou por várias vezes que não queria falar sobre o assunto.