O diretor da ESTG, Pedro Martinho, explicou à agência Lusa que as bolsas de estudo serão entregues no âmbito do protocolo "IPL Indústria", celebrado em julho de 2013 com a Nerlei - Associação Empresarial da Região de Leiria e Cefamol - Associação Nacional da Indústria de Moldes.
"Este protocolo tem três linhas de ação principais: a área da formação em contexto empresarial, a disseminação do conhecimento e da tecnologia, e ações de responsabilidade social conjuntas, que aproximam a academia da realidade industrial, beneficiando estudantes, docentes e empresas", explicou.
A atribuição de bolsas contempla os melhores estudantes que ingressaram na ESTG em cursos superiores de licenciatura selecionados pelas empresas. "Os alunos não podem ter nota inferior a 14", disse Pedro Martinho, acrescentando que o valor da bolsa suportará os custos da propina anual fixada pelo Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria).
No presente ano letivo aderiram a esta iniciativa 19 empresas, que selecionaram os cursos de Contabilidade e Finanças, Engenharia Automóvel, Engenharia da Energia e do Ambiente, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Eletrotécnica, Engenharia Informática, Engenharia Mecânica, Gestão e Marketing.
Este acordo é uma forma de demonstrar que "ser bom estudante é compensador e o mérito é reconhecido", adiantou o presidente da ESTG, que pretende que estes alunos sejam os "embaixadores" da escola, servindo como exemplo para os estudantes do ensino secundário e para os colegas do ensino superior.
Segundo Pedro Martinho, o protocolo tem permitido uma ligação próxima às empresas, através de visitas de estudo, "workshops", estágios curriculares e profissionais e trabalhos académicos e de investigação.
O diretor da ESTG considera que esta parceria tem tido bons resultados. No ano passado, sete empresas apoiaram sete estudantes, número que este ano triplicou. "Esta é uma ligação que tem todo o interesse para as partes. A criação deste protocolo tem sido muito positiva. Há uma maior aproximação entre a academia e a indústria e as próprias associações empresariais fazem questão de referir isso", afirmou.
Pedro Martinho admitiu ainda que este "apadrinhamento" pode abrir portas a estes alunos: "As empresas querem acompanhar o percurso académico do aluno e há sempre uma possibilidade de virem a trabalhar na empresa".
À Bollinghaus Steel, Bourbon Automotive Plastics, Incentea, Moldes RP, TJ Moldes e Vipex, juntam-se no presente ano letivo as empresas BPN, Caixa de Crédito Agrícola de Leiria, Crisal - Grupo Libbey, EST, Famolde, GECO, La Redoute, Moldoeste, Planimolde, P.M.M., Ribermold, Sodicor e Yudo Eu.