Banco de Portugal "demorou a reagir" a notícia da TVI

O ex-presidente do conselho de administração do Banif disse hoje que a notícia da TVI sobre o banco de 13 de dezembro de 2015 provocou uma fuga de depósitos elevada e o Banco de Portugal (BdP) "demorou a reagir".

Notícia

© Global Imagens

Lusa
30/03/2016 19:29 ‧ 30/03/2016 por Lusa

Economia

Luís Amado

"O banco sentiu-se apoiado pelo Governo, mas o BdP demorou a reagir", disse Luís Amado no parlamento, na comissão de inquérito ao Banif, referindo-se à notícia da TVI de dia 13 de dezembro de 2015, que provocou uma fuga de depósitos próxima de mil milhões de euros nessa semana.

A estação de Queluz de Baixo referiu nessa noite que o Banif ia ser alvo de uma medida de resolução, o que terá precipitado a corrida aos depósitos

Para Luís Amado, "não pode ser escamoteada" a importância da notícia para o fim do Banif.

Para além disso, sublinhou, havia "divergências entre os vários responsáveis" portugueses ligados ao Banif: a administração do banco, o Governo - via Ministério das Finanças -, e o Banco de Portugal.

O diálogo entre os três não era, no final de 2015, de "excelente cooperação" - como o foi, diz, em 2013 e 2014 - e a falta de confiança no banco a juntar à burocracia europeia, por via de Bruxelas, potenciou o fim do banco e respetiva resolução, advoga Luís Amado.

O antigo governante e gestor Luís Amado é a terceira personalidade ouvida na comissão parlamentar de inquérito: na terça-feira, primeiro dia de audições, prestaram depoimento no parlamento os antigos presidentes executivos Joaquim Marques dos Santos e Jorge Tomé.

O processo de venda do banco, em dezembro de 2015, domina os trabalhos para se proceder à "avaliação de riscos e alternativas" da decisão, "no interesse dos seus trabalhadores, dos depositantes, dos contribuintes e da estabilidade do sistema financeiro".

Também a avaliação do "comportamento da autoridade de supervisão financeira", o Banco de Portugal, sobre o caso Banif, é um dos objetivos da comissão parlamentar de inquérito sobre a venda do banco.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas