“Já não há paciência para esta telenovela”. É desta forma que Marques Mendes se refere à polémica em torno das declarações de rendimentos que os administradores da Caixa Geral de Depósitos se recusam a entregar ao Tribunal Constitucional.
No seu espaço de comentário semanal na antena da SIC, o antigo líder do PSD disse entender que, caso não queiram entregar as declarações em causa, os administradores do banco público devem sair.
“Não é legítimo andar a empatar jogo. Este assunto já leva três semanas”, lembrou Marques Mendes, admitindo mesmo que “não há insubstituíveis” e que “não há paciência para isto. Ou apresentam declarações ou desamparem a loja”.
O comentador está convicto que “há duas posições sobre esta matéria dentro do Governo: uma de António Costa e outra de Mário Centeno, que fez um acordo com António Domingues e aparentemente foi desautorizado por Costa”.
O ministro das Finanças está, por isso, “muito fragilizado”, no entender de Marques Mendes. Contudo, este não acredita que venha a haver uma demissão por parte do governante.
Certo é, a seu ver, que “os administradores da CGD não podem ter mais um privilégio”.