Todos os anos a maioria dos países da Europa juntam-se a um par de participantes mais surpreendentes (como a Austrália) para celebrar a multiculturalidade e a música naquele que é um dos eventos mais recheados de história do 'velho continente': o Festival Eurovisão.
Durante décadas, Portugal levou representantes de peso e alimentou esperanças de ganhar, mas as desilusões sucessivas, as acusações de influência política e as votações suspeitas retiraram a magia do evento. Em 2017, a ascensão de Salvador Sobral trouxe uma renovada esperança e uniu o povo português, provocando igualmente uma vaga de apoio no estrangeiro que alimenta o sonho de vencer finalmente o festival.
Este ano, a casa da Eurovisão é Kiev, na Ucrânia, uma cidade sob o espetro de uma guerra com a Rússia que ameaça comprometer a política europeia, mas que ainda assim conseguiu encontrar margem suficiente para investir num evento que abre as portas do país aos fãs de música.
Neste contexto, o Economia ao Minuto foi tentar descobrir qual é o custo do festival e o possível retorno, bem como o custo de participação para os países envolvidos... e os valores são impressionantes.
Segundo números do Vox Ucraine, a Ucrânia terá investido cerca de 15 a 30 milhões de euros no evento, esperando um retorno superior a 20 milhões de euros em turismo durante os dias da Eurovisão. O investimento deste ano é inferior ao das duas últimas edições, nas quais Áustria e a Suécia gastaram respetivamente 38,5 e 49,6 milhões de euros.
A edição de 2013 foi a mais barata dos últimos anos, com a cidade de Malmo a gastar 'apenas' 23,8 milhões de euros, bastante menos do que o máximo batido pelo Azerbaijão: 58,7 milhões de euros gastos para organizar o festival em Baku.
Entre 2009 e 2011, Rússia, Noruega e Alemanha gastaram valores entre os 33 e 39 milhões de euros, sendo que em nenhum dos casos o turismo compensou totalmente o valor investido.
Quanto aos custos de participação dos países, o site Eurovisionary garante que os principais países europeus, como a Holanda, Alemanha, França ou Reino Unido, gastam entre 500 mil e um milhão de euros nas participações, entre custos de viagens, alojamento, produção, staff e compra de direitos de transmissão das músicas e do próprio evento. A participação de Portugal deverá sair bem mais barata, apesar de não existirem dados oficiais sobre os custos.
[Notícia atualizada às 9h40]