Segundo avança a edição desta semana do Expresso, a prioridade do Governo é evitar o que tem sido feito nos últimos tempos: redigir um Orçamento do Estado que tem uma meta inatingível e que, como consequência, obriga à implementação sucessiva de mais medidas de austeridade.
Pedro Passos Coelho pretende negociar a meta do défice de 2014 para 4,5%, de modo a que a redacção do Orçamento do Estado para esse ano contenha menos medidas de austeridade, dando um pouco mais de ‘fôlego’ aos portugueses. O Executivo vai justificar esta necessidade de negociação com a deterioração da conjuntura europeia e com a quebra da procura interna.
Deste modo, e segundo o semanário apurou, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar foi, ontem, para a reunião do Ecofin já com esse objectivo em mente e aproveitou o regresso da troika a Lisboa para dar a conhecer as novas metas a que se propõe. Os membros do FMI (Fundo Monetário Internacional), BCE (Banco Central Europeu) e Comissão Europeia deslocaram-se ontem à capital portuguesa para um seminário à porta fechada no Banco de Portugal.