"A este aumento na remuneração base de cada trabalhador, acresce 1% de atualização dos valores das cláusulas pecuniárias, com efeitos a 01 de janeiro, enquanto o salário mínimo de entrada passa a ser de 700 euros", adiantou a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimental), numa nota publicada na página da entidade.
De acordo com a federação afeta à CGTP, o acordo inclui ainda um aumento de 45 euros no salário base de cada trabalhador em 2019 e 2020, acrescendo 0,8% na atualização das cláusulas de expressão pecuniária.
Em 29 de janeiro, a administração e os trabalhadores da Europac anunciaram a retoma das negociações salariais, após a recusa pelos funcionários das propostas de acordo a dois ou três anos avançada pela empresa.
Em declarações à agência Lusa, José Augusto Silva, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site Norte), disse, na altura, aguardar que a administração da antiga Portucel Viana agendasse nova reunião de forma a retomar a agenda do último encontro, que decorreu no dia 22.
Nesse dia, a empresa colocou em cima da mesa uma nova proposta de atualização salarial para três anos com aumentos de 50 euros em 2018, de 30 euros em 2019 e de 30 euros em 2020 e uma outra, a dois anos, com aumentos de 50 euros em 2018 e de 30 euros em 2019.
Em plenário realizado no dia seguinte, em 23 de janeiro, os trabalhadores reafirmaram, contudo, pretender que a atualização salarial seja acordada apenas para o ano 2018, rejeitando a pretensão da Europac Kraft Viana de uma negociação a dois ou a três anos.