Marco Paulo esteve à conversa com Fátima Lopes no programa ‘Conta-me Como És’, da TVI, como já tinha sido anunciado durante a semana.
Com uma carreira de mais de 50 anos, o artista falou sobre todos estes anos no mundo da música, sem esquecer das dificuldades que passou.
Para o artista, a “mais bela condecoração que tem na vida” é “sentir os portugueses ainda a acompanhá-lo 52 anos depois”. “A assistirem aos meus concertos e a baterem-me palmas. É uma das coisas que quando deixar de cantar, faz parte da vida, vou ter muitas saudades. É dos aplausos e do sorriso das pessoas. As pessoas riem-se para mim quando estou no palco e gosto de vê-las a sorrir. Estão sempre à espera que eu sorria para elas, que eu esteja feliz”, acrescenta, emocionado.
“As pessoas possivelmente não gostavam que eu sofresse tanto. Eu sofro muito quando estou doente...”, disse ainda, referindo que a maior parte das vezes é a “parte emocional” que lhe doí mais.
“Ainda agora, quando tive o problema que tive no Coliseu do Porto, as pessoas não aceitaram que eu tivesse tido o problema que tive. Não aceitam que eu fique doente”, conta, em lágrimas, sobre o concerto de 30 de abril, quando se sentiu mal e teve que abandonar o palco.
“As pessoas podem estar sujeitas a estar uma vez doente e tenho tido tantos problemas… É isso que me custa. Eu podia ter tido o problema que tive há 20 anos e não estar sempre a bater à porta. E agora já é a terceira ou quarta vez que me batem problemas à porta difíceis. Claro que são, graças a Deus, a minha fé, coragem e força de vontade faz com que possa superar. Se Deus nosso senhor quiser vou estar no Campo Pequeno com todas as minhas forças, alegria, emoção… Vai ser uma emoção enorme quando entrar no palco porque quando eu estou doente penso se já não volto a cantar. E se será a última vez e já não vou cantar mais. Isso emociona-me e custa-me muito. Eu dizer vou terminar ou parar, pronto… Agora eu saber que por uma doença eu vou deixar de cantar custa-me. Eu não mereço”, acrescenta.
Entretanto, Fátima Lopes fala do seu exemplo, referindo do momento menos bom que passou quando esteve um mês sem voz. A apresentadora frisa que a voz também é o seu instrumento de trabalho e que conseguiu superar. “Não sofras. Ela [a voz] está saudável, tu estás bem, vais cantar bem e vais continuar a cantar bem. O resto põe para trás das costas. Não aconteceu, não alimentes. Gosto de ti e quero-te ver bem”, diz a cara da TVI.
Palavras que o artista fez questão de agradecer. “A minha vida também não é só holofotes, cenários e tudo de brilho. Há momentos em que estou triste, que também choro, em que as coisas não me correm tão bem como gostaria. Há momentos em que eu digo assim: ‘Deus, mais ainda há pouco tempo me aconteceu uma coisa e já me está a acontecer outra vez”, confessa, explicando que nesses momento fica “chateado e preocupa”. “Mas depois há aquela parte: Há quem esteja pior que eu”, admite.
Marco Paulo abordou ainda as notícias falsas que foram surgindo ao longo do tempo. "Houve muitas coisas que saíram em notícias que não foram verdades. Eu nunca estive acamado, nunca estive a recuperar no Algarve, nunca estive proibido de falar fosse com quem fosse...", assegura. "Saíram coisas qua eu às vezes ficava magoado porque não era uma informação minha, dos meus médicos. Eram coisas de pessoa próxima... Mas ninguém próximo de mim falava com ninguém", assegura, frisando que não ficou "melindrado com isso".
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