Impacto da Covid-19? “Muito me engano ou metade das lojas vão despedir"

Judite Sousa falou sobre o impacto que a pandemia da Covid-19 vai ter na economia do país.

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Rita Alves Correia
21/03/2020 10:16 ‧ 21/03/2020 por Rita Alves Correia

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Judite Sousa

Judite Sousa fez uso das redes sociais para comentar o impacto que a pandemia da Covid-19 vai ter na economia. Na sequência do primeiro-ministro, António Costa, ter falado ao país para apresentar algumas das medidas de apoio social e económico, a jornalista mostrou que o seu ponto de vista sobre o futuro do país nada tem de animador.

"O país parou. Literalmente tudo. Só os supermercados estão a funcionar. Uma saída de carro por Lisboa permite descobrir uma cidade fantasma. António Costa fala em três meses. E deixa antever que o estado de emergência vai ser renovado. A minha pergunta é: como será possível aguentar mais três meses num país que está dependente dos serviços, do turismo e que tem crescido muito em razão do consumo interno?", começa por realçar. 

"Tenho para mim que vem aí um período muito negro", continuou e elencou ainda algumas das que considera que serão as consequências na vida dos portugueses. 

"O pequeno comércio não vai ter dinheiro para resistir. Ou muito me engano, ou metade das lojas vão despedir e outras nem reabrem em Junho. O que vai acontecer a estas micro empresas? Entre as ajudas que levarão o seu tempo a chegar à economia real, muitos pequenos negócios ficarão pelo caminho. E as profissões que estão dependentes de eventos? O que vai suceder? Como vão viver? Três meses significa uma recessão económica. É difícil encontrar uma saída perante este inimigo invisível mas há que encontrar uma forma de calibrar as medidas passado o pico da infecção. Se não morrermos da doença, iremos morrer da cura. Tudo o resto é conversa de quem não está a ver com os seus próprios olhos o fantasma em que o país se tornou", rematou. 

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Tenho ouvido muitas perguntas e respostas como se as pessoas não fizessem a mínima ideia do que se está a passar na economia real. O país parou. Literalmente tudo. Só os supermercados estão a funcionar. Uma saída de carro por Lisboa permite descobrir uma cidade fantasma. António Costa fala em três meses. E deixa antever que o estado de emergência vai ser renovado. A minha pergunta é: como será possível aguentar mais três meses num país que está dependente dos serviços, do turismo e que tem crescido muito em razão do consumo interno? Tenho para mim que vem aí um período muito negro. O pequeno comércio não vai ter dinheiro para resistir. Ou muito me engano, ou metade das lojas vão despedir e outras nem reabrem em Junho. O que vai acontecer a estas micro empresas? Entre as ajudas que levarão o seu tempo a chegar à economia real, muitos pequenos negócios ficarão pelo caminho. E as profissões que estão dependentes de eventos? O que vai suceder? Como vão viver? Três meses significa uma recessão económica. É difícil encontrar uma saída perante este inimigo invisível mas há que encontrar uma forma de calibrar as medidas passado o pico da infecção. Se não morrermos da doença, iremos morrer da cura. Tudo o resto é conversa de quem não está a ver com os seus próprios olhos o fantasma em que o país se tornou.

Uma publicação partilhada por @ juditesousaoficial a 21 de Mar, 2020 às 2:50 PDT

 

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