Infetado com Covid-19, jornalista da TVI afirma: "Sentia-me num filme"

Pedro Jorge da Cunha esteve à conversa com Manuel Luís Goucha.

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© Facebook/Pedro Jorge da Cunha

Mariline Direito Rodrigues
06/04/2020 13:02 ‧ 06/04/2020 por Mariline Direito Rodrigues

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Pedro Jorge da Cunha

Na manhã desta segunda-feira, dia 6, Pedro Jorge da Cunha esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, através de uma vídeochamada durante o programa 'Você na TV'. Como o próprio jornalista já tinha revelado, tanto ele, como a mulher, foram infetados com a Covid-19.

"Desde que viemos para casa em teletrabalho, no dia 12 de março, a única vez que eu saí foi logo no dia a seguir para fazer as compras básicas", começa por explicar, referindo que está em isolamento há três semanas. 

Pedro relata que nos primeiros quatro dias esteve com "sintomas muito leves, como se começasse, de facto, a ter uma pequena constipação". Perante o agravamento destes decidiu entrar em contacto com a Saúde24 no quinto dia, quando apareceu febre.

"Foram bastante atenciosos, mas a verdade é que eu nunca consegui falar com um médico. Falava sempre com uma enfermeira que me recomendava ficar em casa e tomar paracetamol", adianta.

O pior momento aconteceu depois quando o estado de saúde piorou: "Comecei a sentir muitos problemas respiratórios, como se alguém estivesse a fazer uma pressão sobre os meus pulmões. Eles queriam respirar e sentia uma espécie de bloqueio"

Foi então que decidiu pedir a ajuda do seu médico particular, que acabou por lhe fazer uma visita a casa: "Com essa visita do médico percebeu logo que havia uma infeção respiratório, uma eventual pneumonia. Receitou-me um antibiótico. Avisou-me que se em dois dias não recuperasse tinha de ir para a urgência. [...] Sentia-me de facto num filme, como se aquilo que me rodeava não fosse real"

Pai de dois filhos gémeos, de dois anos e meio, o jornalista referiu que na altura considerou-se logo que as crianças teriam sido infetadas, contudo, até ao momento não demonstraram grandes sintomas. 

Já a sentir-se melhor, o profissional aproveitou para chamar a atenção das pessoas relativamente ao problema, sobretudo no que diz respeito à faixa etária mais jovem, entre os 30 e os 40 anos. 

 

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