Covid-19: Oprah Winfrey doa 11 milhões às cidades que considera 'casa'

A apresentadora norte-americana Oprah Winfrey vai oferecer subsídios às cidades a que chama 'casa', através de um fundo de combate ao coronavírus de cerca de 11 milhões de euros, anunciou hoje a própria.

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Lusa
20/05/2020 16:35 ‧ 20/05/2020 por Lusa

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Oprah Winfrey

Através da Fundação de Caridade Oprah Winfrey, a apresentadora vai doar dinheiro a organizações dedicadas a ajudar comunidades carentes em Chicago, Baltimore, Nashville, Tennessee, Milwaukee e Kosciusko, no Mississípi, onde nasceu.

"Vai haver necessidade de as pessoas com meios se chegarem à frente. Isto não vai desaparecer. Mesmo quando o vírus já cá não estiver, a devastação deixada por pessoas sem trabalho há meses, que viveram salário a salário e gastaram as poupanças -- essas pessoas vão precisar de ajuda. Olhem para o vosso bairro e vejam como podem servir e onde o vosso serviço é essencial. Esse é realmente o trabalho essencial para as pessoas de meios", afirmou à Associated Press.

Depois de conversar com a presidente da Câmara de Chicago, Lori Lightfoot, e outros líderes, Winfrey decidiu dar cinco milhões de dólares (cerca de 4,6 milhões de euros) para a Live Healthy Chicago, que oferece apoio imediato a idosos e residentes de alto risco afetados pelo coronavírus.

Em Nashville, onde Winfrey viveu com o pai e começou a carreira nos media, vai doar dois milhões de dólares (cerca de 1,8 milhões de euros) à NashvilleNurtures, uma colaboração entre a Igreja Baptista de Mout Zion e a Universidade Estatal de Tennessee, a sua 'alma mater', que planeia alimentar 10.000 famílias dentro e à volta da cidade.

Em Milwaukee, onde viveu com a mãe, Winfrey está a ajudar aqueles que precisam de apoio à habitação e cuidados de saúde mental, com uma doação de 100.000 dólares (91 mil euros).

Em Baltimore, onde continuou a construir a sua carreira, vai doar dinheiro à Fundação Living Classrooms e ao Centro para Famílias Urbanas, enquanto no Mississípi vai oferecer 115.000 dólares (105 mil euros) ao Clube de Meninos e Meninas do Este do Mississípi.

"Não sou contra grandes organizações dispensarem dinheiro, mas gosto sempre de fazer trabalho de campo no terreno. Quero poder alcançar pessoas que estiveram presas e que estão a sair da prisão. Quero chegar a mães vítimas de violência doméstica, quero chegar a pessoas. Quero alimentar pessoas. Quero ajudar pessoas a terem acesso aos testes [de covid-19]", continuou.

Winfrey disse que tem estado em confinamento domiciliar desde 11 de março, quatro dias depois de ter terminado uma 'tour' de bem-estar por nove cidades.

A apresentadora anunciou a criação do Fundo de Combate à covid-19 no mês passado, oferecendo, inicialmente, um milhão de dólares (cerca de 915 mil euros) ao Fundo Alimentar Norte-americano.

Hoje disse que vai também oferecer bolsas às organizações Global Citizen, Igreja Baptista Missionária de New Mount Pilgrim, em Chicago, e ao Banco Alimentar Minnie, em Plano, no Texas, entre outras organizações.

Antes de oferecer milhões de euros aos outros, Winfrey disse que primeiro cuidou das pessoas mais próximas.

"A primeira coisa que fiz foi começar pela minha própria família, pessoas que eu sabia que iriam ser afetadas e que não iriam ter emprego. Depois passei para as pessoas com quem trabalhei e que sabia que talvez ficassem sem emprego. Comecei por aqui, de dentro para fora, e depois passei para a comunidade. Então pessoas com quem já não falava há anos começaram a receber cheques meus", relatou.

A apresentadora explicou que não queria anunciar ao mundo que ia ajudar outras pessoas e ter a própria família com dificuldades.

Na semana passada, Winfrey fez um discurso inaugural durante o eventual virtual "Graduação 2020" do Facebook e perguntou aos graduados qual seria o "serviço essencial" deles, referindo que fez a mesma pergunta a si mesma.

"O que esta pandemia fez foi fazer-me pensar em dar de maneira diferente. Como dou e quem está a receber, e como é que faço isso de uma maneira que sustenta as pessoas? Sempre acreditei que se ensina as pessoas a pescar, mas às vezes as pessoas só precisam de peixe e um pedaço de pão", concluiu.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 323 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (91.938) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões).

O "Grande Confinamento" levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 323 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.

 

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