Criadora de 'Harry Potter' acusada de discriminar transsexuais
Não é a primeira vez que a escritora J. K. Rowling está envolvida numa polémica relacionada com transfobia.
© Reuters
Fama J. K. Rowling
J. K. Rowling, a escritora britânica que criou a história de 'Harry Potter', está a ser duramente criticada após ter publicado vários comentários nas redes sociais, considerados discriminatórios para com os transsexuais.
Tudo começou, este sábado, dia 6, quando a escritora partilhou, na sua conta oficial do Twitter, um comentário sobre um artigo de opinião, publicado pela plataforma Devex, com o título, 'Criar um mundo mais justo pós-Covid-19 para pessoas que menstruam'.
"'Pessoas que menstruam'. Tenho a certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude", pode ler-se na legenda do 'tweet' de Rowling.
Repudiando o artigo em causa, a escritora elaborou: "Se o sexo não é real, a atração entre pessoas do mesmo sexo não existe. Se o sexo não é real, a realidade vivida pelas mulheres de todo o mundo é apagada".
Destacando conhecer e 'adorar' "pessoas trans", Rowling, contudo, considerou que apagando o "conceito de sexo" se está a retirar "a capacidade de muitos discutirem significativamente as suas vidas". "Dizer a verdade não é discurso de ódio", atirou ainda.
‘People who menstruate.’ I’m sure there used to be a word for those people. Someone help me out. Wumben? Wimpund? Woomud? Opinion: Creating a more equal post-COVID-19 world for people who menstruate https://t.co/cVpZxG7gaA
— J.K. Rowling (@jk_rowling) June 6, 2020
Perante estes comentários, vários membros da comunidade LGBTQI+ defenderam que as posições da escritora eram discriminatórias e que confundiam as noções de sexo e género.
Esta não é a primeira vez que a criadora do mundo de magia mais conhecido do mundo é criticada por demonstrar posições transfóbicas. Em março de 2018, um fã descobriu que, nas redes sociais, Rowling tinha feito um 'gosto' numa publicação na qual era apresentada como piada um comentário tansfóbico. Na altura, a questão foi ultrapassada sobre o argumento de a escritora colocava 'likes' sem se aperceber por segurar o telemóvel de forma incorreta.
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