A manifestação que decorreu este sábado, 6 de junho, em Lisboa contra o racismo deu muito que falar nas redes sociais. Um assunto que dividiu as opiniões e que levou várias figuras públicas a manifestarem-se, como foi o caso de Ricardo de Sá.
"Isto foi a sessão solene do 25 de Abril que vocês criticaram... Não. Isto foi nas comemorações do 1.° maio que vocês criticaram... não. Isto foi numa ida à praia que vocês criticaram... Ah! Não? Já sei... É o espectáculo do Bruno Nogueira que vocês criticaram... Ah! Não? Então... é a malta que vai à festa do Avante que vocês criticaram... Ah! Não?Então só pode ser uma manifestação contra o governo... contra a fome... contra o desemprego... contra a falta de apoios culturais, contra partidos e gentes fascistas, contra a falta de serviços de saúde, contra o que realmente está mal neste país? Também Não? Ah é uma manifestação contra o racismo", começou por escrever nas stories da sua página de Instagram.
De seguida, o artista mostrou-se a favor desta luta, mas não deixou de criticar o ajuntamento enquanto se continua a tentar travar a pandemia da Covid-19.
"Acho muito bem 'Todos diferentes, todos iguais', mas não podiam ter agendado isso para outra altura? Quando Lisboa já não tivesse casos Covid-19? É que ontem, na manifestação, estiveram muitos daqueles que criticaram os 'ajuntamentos' em cima mencionados. Acho muito bem que lutem contra o racismo, mas é que eu estive dois meses em casa e não me apetece voltar a ficar em casa", destacou.
Antes de terminar, acrescentou: "Quem me conhece sabe que não sou racista. Não é a cor do ser humano que faz o carácter, o amor ou o ódio. Desde criança que lidei com as gentes africanas. Ao longo da vida conheci africanos e africanas que merecem o nosso respeito. A cor nunca se põe em causa. Até porque já estamos em 2020 (já nem se devia falar disso)".
[Ricardo de Sá]© Instagram_ricardo_de_sa
Horas depois, no perfil da sua página de Instagram, o artista voltou a escrever sobre o assunto, apontando ainda: "Não discrimino ninguém por género, orientação sexual, religião ou cor da pele. Gosto de todos por igual, somos todos iguais. Fiz este post só para o pessoal mais jovem continuar com juízo em relação à pandemia".
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