Catarina Furtado expressa a sua revolta com atos de vandalismo racistas

A apresentadora escreveu um longo texto nas redes sociais.

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Rita Alves Correia
12/06/2020 23:47 ‧ 12/06/2020 por Rita Alves Correia

Fama

Catarina Furtado

Com as manifestações e protestos anti-racismo que se fazem têm marcado a atualidade em Portugal, assim como em todo o mundo, fizeram-se também notar reações contraditórias que dão força a movimentos discriminatórios. Perante isto, Catarina Furtado fez uso das redes sociais para dar voz à sua revolta.

Na noite desta sexta-feira, a apresentadora da RTP recordou uma imagem na qual aparece um bebé regufiado - um registo captado durante uma viagem ao campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos, na Grécia. A esta fotografia, junta-se uma outra, de um ato de vandalismo em Portugal.

"Estou a expor a criança deliberadamente. Os pais deixaram. As fotografias seguintes são de actos praticados esta madrugada em lugares como Sacavem, Odivelas, Loures. O meu golpe é baixo! Usar este bebé refugiado para combater a maldade, a violência, a ignorância de quem escreve frases como estas e fica com um séquito de ratos enfeitiçados pela flauta dos movimentos de extrema direita que querem hipnotizar o povo para depois derrubar a democracia", começou por escrever na legenda da publicação.

E continuou: "E os cobardes que ainda dizem, a boca cheia, que o racismo não existe? Pois não, tudo pertence ao mundo onde eu de vez em quando mergulho, o da ficção!! O pior é que estes últimos tempos da minha vida foram dedicados a OUVIR pessoas, reais, que fugiram à guerra, à opressão, à violência, à fome e só querem trabalhar, estudar, viver em PAZ".

Catarina Furtado referiu ainda que a imagem pertence a uma reportagem realizada para o programa 'Príncipes do Nada', da RTP: "Palavra que esta gente que consegue escrever estás palavras de ÓDIO não conhece. Os refugiados e migrantes que entrevistei para o meu programs 'Príncipes do Nada' dão as respostas que precisamos para que possamos estar tod@s do mesmo lado da barricada! Quem está?"

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Esta fotografia foi tirada na Grécia, Europa, campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos. Estou a expor a criança deliberadamente. Os pais deixaram. As fotografias seguintes são de actos praticados esta madrugada em lugares como Sacavem, Odivelas, Loures. O meu golpe é baixo! Usar este bebé refugiado para combater a maldade, a violência, a ignorância de quem escreve frases como estas e fica com um séquito de ratos enfeitiçados pela flauta dos movimentos de extrema direita que querem hipnotizar o povo para depois derrubar a democracia. E os cobardes que ainda dizem, a boca cheia, que o racismo e a xenofobia não existem? Pois não, tudo pertence ao mundo onde eu de vez em quando mergulho, o da ficção!! O pior é que estes últimos tempos da minha vida foram dedicados a OUVIR pessoas, reais, que fugiram à guerra, à opressão, à violência, à fome e só querem trabalhar, estudar, viver em PAZ. Palavra que esta gente que consegue escrever estas palavras de ÓDIO não conhece. Mas também não conhece o que é viver na discriminação, no esquecimento, no sofrimento. Os refugiados e migrantes que entrevistei para o meu programa @principesdonada dão as respostas que precisamos para que possamos estar tod@s do mesmo lado da barricada! Quem está deste lado? #refugees #racism #racismo #refugiados #minhamissaodevida @unfpa #naodeixarninguemparatras # primeira  Ricardo Freitas

Uma publicação partilhada por Catarina Furtado (@catarinafurtadooficial) a 12 de Jun, 2020 às 1:08 PDT

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