Já foram muitos os artistas que recorreram às redes sociais para se manifestarem sobre as recentes medidas anunciadas pelo Governo por causa do novo confinamento, que entra em vigor a partir das 00h do dia 15 de janeiro. Nuno Markl também não ficou calado e fez questão de partilhar a sua opinião, defendendo a cultura.
"A razão porque publico isto aqui, não é para defender que não se devam fazer cerimónias religiosas - sei o quão importantes elas são para muita gente, sobretudo em alturas como esta; a razão porque publico isto aqui é porque, mais do que nunca, continua a perpetuar-se a ideia - não exclusiva de nenhum partido ou orientação política - de que a cultura, já pelas ruas da amargura, é um luxo supérfluo, inútil", começou por escrever na sua página de Instagram.
"O estado da cultura não foi sequer abordado em profundidade em nenhum dos debates presidenciais, sublinhando o estranho desprezo a que uma área tão importante e que dá trabalho a tanta gente, foi votado", destacou.
"As normas de segurança que serão usadas, por exemplo, em eucaristias não serão muito diferentes das que seriam usadas em teatros. Há uns meses fui ao Maria Matos ver a 'Avenida Q'. A maneira como as normas de segurança e higiene foram postas em prática era exemplar", acrescentou, realçando ainda: "De novo, tantos profissionais que dependem da cultura para sobreviver preparam-se para uma dura travessia de mais um túnel com muito pouca luz ao fundo. Rezem por eles, então".
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