Uma semana após a partida do pai, Jorge Gabriel recorreu ao Instagram para deixar uma mensagem de agradecimento por todo o carinho recebido, que o ajudou a "resistir a tamanha perda".
"Nem mesmo o facto de já ter 96 anos minorou o tamanho da minha lamúria", acrescentou, voltando a justificar o facto de ter continuado a trabalhar após a partida do pai.
"Foi com alguma surpresa que algumas pessoas me viram a trabalhar, mas tal como expliquei no momento, era a melhor forma de o honrar", disse, referindo que sempre foi "aconselhado" pelo pai a "faltar o mínimo possível no meu posto de trabalho".
"Se as pessoas confiavam no meu trabalho, se confiavam na minha postura para com uma função que me era atribuída, teria sempre que fazer um esforço para evitar falhar com aquilo que me tinham proposto, e assim fiz. Assim o honrei", salientou.
Sobre o novo coronavírus, causa da morte do pai do apresentador que vivia num lar, Jorge Gabriel destaca ainda o profissionalismo dos responsáveis pelo estabelecimento onde o progenitor residia.
"Com certeza que não foi por falta de empenhamento, esforço, zelo da equipa do lar de Santo António de Alfragide, na Amadora. Mais uma vez, muito obrigado, a família estará eternamente grata por tudo o que fizeram. Também o meu louvor ao Hospital Amadora-Sintra por aquilo que fui sabendo, não só pela equipa, mas por outros contactos que fui estabelecendo. O meu pai foi tratado como um outro doente qualquer e não foi tratado como um sénior de 96 anos. Foi tratado com todo o cuidado, máximo empenhamento para que ele conseguisse resistir e, por isso, devo também aqui algumas palavras de apreço e satisfação por saber que estamos bem entregues pelo Serviço Nacional de Saúde, e ao Hospital Amadora-Sintra", realçou.
Jorge Gabriel também deixou algumas palavras à família e aos amigos mais próximos que "marcaram presença neste momento de dor".
"A vida continua. Mesmo perdendo alguns, temos de continuar a zelar por todos. Este confinamento, esta maldita doença, tem-nos mostrado que se nós não formos todos uns pelos outros, não vamos sobreviver, não numa visão apocalíptica, mas numa visão mais prolongada no tempo", acrescentou, apelando a que "cada um de nós deve ser mais amigo do planeta e preocupados com a casa onde todos vivemos".
Antes de terminar, recordou os alguns dos bons momentos que viveu com o pai e os seus ensinamentos. "O Senhor Albano, acompanhou-me, acompanha-me e acompanhar-me-á no futuro", afirmou.
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