Miguel Amorim: O jovem ator que com ajuda de um palito chegou à Netflix

Tem 22 anos, faz parte do elenco da série 'The One', é o mais jovem português a dar cartas na Netflix e é o entrevistado de hoje do Fama Ao Minuto.

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© Reprodução Instagram

Catarina Carvalho Ferreira
16/04/2021 09:20 ‧ 16/04/2021 por Catarina Carvalho Ferreira

Fama

Miguel Amorim

Miguel Amorim tinha 15 anos quando decidiu, por impulso, que ia estudar teatro. Como por magia, tudo mudou desde então e a representação passou a ser parte da sua vida. 

Poderíamos falar de talento mas, como este é um adjetivo que diz não compreender, falemos antes do seu trabalho. O trabalho que saltou à vista e aos poucos o fez somar subidas aos palcos de teatro - a sua grande paixão -, participações em novelas como 'A Herdeira' ou 'Prisioneira' e lhe valeu até uma passagem pelo Festival de Cannes, onde representou a curta-metragem 'Cordeiro de Deus' - na qual foi protagonista. 

Com ajuda de um palito chegou à Netflix. Aos 22 anos, o jovem ator, como prefere ser chamado para já, faz parte do elenco da série 'The One', onde dá cartas ao lado de Albano Jerónimo. Como foi o caminho até lá chegar? Miguel Amorim conta-nos tudo em entrevista ao Fama Ao Minuto

Há uma fotografia muito antiga no teu Instagram onde dizes que a escola de Escola Profissional de Teatro de Cascais foi um “ponto de fuga”. Porquê um ponto de fuga?

Já me tramaste [risos]. Devo ter posto isso tinha uns 16 anos. Estudava, como toda a gente, em ‘escolas normais’ e quando fui para a EPTC descobri uma série de coisas. A ‘escola normal’ ensinava-me a estudar para os testes e na escola de Cascais ensinaram-me a pensar. Acho que deve ter sido por isso.

Precisavas na altura desse ponto de fuga?

Não sei, fui para a escola de teatro muito à toa. Do dia para a noite decidi que ia para lá e depois quando fui perguntei-me: onde é que isto esteve a minha vida toda, onde é que esteve o teatro? Sentia que não tinha opinião, era um bocado robot na ‘escola normal’ e quando fui para a escola de teatro senti que havia espaço para usar a minha voz.

Então até aí não havia em ti o desejo de representar?

Comecei a fazer teatro tinha para aí 10 anos, vivia na Amadora e mudei-me para Alcântara. Em Alcântara, a cinco minutos da minha casa havia, e há, a Academia de Teatro e Santo Amaro, e quando tinha 10 anos a minha mãe perguntou-me: ‘Olha, queres continuar na catequese ou queres ir para o teatro? E eu como já estava farto da catequese, disse que preferia o teatro. Foi assim que comecei a fazer teatro, mas nunca quis ser ator. Foi mesmo uma coisa do dia para a noite. Foi uma amiga minha que me convenceu a ir para a escola e inscrevi-me um dia antes das inscrições acabarem

Pensei, isto é uma coisa mesmo importante e quero destacar-me com qualquer coisa. Então decidi levar um palito para fazer a cenaDepois de lá estares, como é que descobriste que era mesmo isto que querias fazer?

Isso foi uma coisa gradual. Os professores motivavam-nos a querer saber mais e aprender mais e eu acho que andava lá e sentia que aquilo era um bocado ATL, não parecia escola. As minhas aulas não eram estar sentado numa secretaria a escrever, eram estar num espaço a mexer-me. Sentia que aquilo até era um bocado a brincar… num bom sentido. Acho que foi uma coisa gradual, mas gosto de marcar que foi quando vi um filme francês que se chama ‘La Haine [O Ódio]’. Vi o Vincent Cassel a fazer uma cena ao espelho e lembro-me que pensei: sim, eu quero mesmo isto.

Como é que tudo aconteceu depois, quando acaba o teu percurso na escola... Como é que surgem as primeiras oportunidades?

Surgem por intermédio do Carlos Avilez , que era e é o diretor da escola. Quando eu estava no terceiro ano ele convidou-me para fazer um espetáculo profissional no TEC [Teatro Experimental de Cascais] e eu ainda era aluno na escola. Isso motivou-me imenso, ter alguém que acreditava em mim, ainda por cima o diretor da escola a dar-me um voto de confiança. Para mim foi muito bom. Depois desse espetáculo, quando acabei a escola fiquei lá contratado um ano e depois as coisas foram aparecendo aqui e ali.

Uma das grandes oportunidades que surgiu foi a série ‘The One’ da Netflix, da qual fazes parte do elenco. Como é que surge este convite?

Não foi bem um convite, quem me dera que tivesse sido um convite [risos]. Eles andavam à procura de atores, a produtora, e fizeram casting. Pediram-me para fazer casting a mim e a outros putos atores cá em Portugal. Eu fiz o casting e gosto sempre de contar esta história: Pensei, isto é uma coisa mesmo importante e quero-me destacar com qualquer coisa. Vou fazer o que sei, não vou inventar, mas quero destacar-me com qualquer coisa. Então decidi levar um palito para fazer a cena. Quis que quando eles estivessem a ver as imagens pensassem, gostei do tipo do palito. Quis que o palito pudesse ser uma referência para se lembrarem de mim. Pensei, acho que ninguém vai levar um palito, portanto, eu vou levar um palito.

Então achas que foi o palito que fez a diferença?

Tenho a certeza, tenho a certeza. Aquele palito foi um talismã.

Foi ótimo trabalhar com o Albano Jerónimo. Acho que ele não é nada 'cagão', e isso é bomO que é que nos podes contar sobre a tua personagem, o Fábio Silva, sendo que a série já estreou e está disponível para quem a quiser ver na Netflix?

É uma personagem problemática e isso é sempre bom para qualquer narrativa, porque para acontecer a ação há um objetivo e há um obstáculo. A minha personagem surge muito como um obstáculo da protagonista e da vida dela tanto pessoal como profissional. É um jovem problemático que, acredito eu, cresceu num bairro em Portugal, a mãe morreu de overdose quando tinha seis anos. Depois emigrou para Tenerife, só que os problemas nunca saíram muito da vida dele. A primeira imagem em que apareço estou a vender droga, sabe-se que consumo drogas. Acho que é uma pessoa que anda muito perdida sem saber o que fazer. Em relação à narrativa é ótimo que ele ande perdido, porque vem trazer conflito.

Sendo esta uma série de ficção científica, o que é que ela tem de próximo com a realidade?

Os problemas do amor. A série funciona muito como um ensaio ao amor e o que tem de semelhante com a realidade é que os atores ponderam todas as hipóteses do que seria se aquilo acontecesse. Acho que muitas das reações políticas e sociais que existiram na série existiriam mesmo caso aquilo acontecesse. Apesar de existir uma confirmação genética e científica de que aquela pessoa é o amor da nossa vida, isso não faz com que as pessoas deixem de se tramar umas às outras ou de existir um constante negócio entre as pessoas. Acho que as relações das pessoas funcionam muito como um comércio e a série retrata bem isso.

Na série trabalhas diretamente com o Albano Jerónimo, vocês são quase o par um do outro. Como é que foi trabalhar com ele?

Sim, somos irmãos. Foi ótimo trabalhar com o Albano, trabalhar com atores mais velhos é sempre ótimo porque, naturalmente, vamos aprender coisas. Fiquei todo contente quando soube que era o Albano, sempre o considerei um grande ator, sempre gostei muito do trabalho dele e quando o conheci ainda fiquei mais contente porque ele é um senhor muito porreiro, é um colega muito bom, muito prestável. Não sei qual é a melhor palavra que tenho para dizer isto... mas acho que ele não é nada 'cagão', e isso é bom. É muito generoso enquanto ator e enquanto colega, sempre me tratou muito bem, nunca foi paternal comigo, sempre me tratou como igual e sempre me ouviu muito, acho isso muito importante.

Notícias ao Minuto Miguel Amorim com Albano Jerónimo numa das cenas de 'The One'© Reprodução Instagram/ Miguel Amorim  

Nota-se mesmo que existe dinheiro. Eu tinha um camarim só para mim. Ficávamos em hotéis mega chiquesAlém de trabalhares com o Albano, esta é uma produção diferente por ser internacional. Como é que foi a experiência?

Foi muito especial. Foi uma altura muito feliz da minha vida pessoal e profissional porque nunca tinha viajado tanto como viajei com esta série. Fui para Tenerife, fui para o País de Gales, fui para Londres. Andava sempre sozinho na rua, quando não estava com o Albano. Ia andar à 01h00 da manhã pela rua, tentei conhecer tudo, conhecer pessoas, ver se encontrava portugueses. Isso permitiu-me esta descoberta. Depois quando estava a trabalhar foi muito bom porque eles são mega profissionais, respeitadores. Perguntavam-me sempre qual era a minha opinião, mesmo em relação à roupa, em relação à minha maquilhagem, ao meu cabelo, a forma como eu via a personagem, como eu via a cena. Houve sempre um interesse de saber o que eu achava e o que é que eu poderia acrescentar ali, isso motivou-me imenso. E depois eles tem montes, monte de condições.

É muito diferente das produções portuguesas?

Não é muito, é extremamente diferente... em tudo. Nota-se mesmo que existe dinheiro. Não sinto que esbanjem dinheiro, mas sinto que o dinheiro para eles não é problema. Eu tinha um camarim que era uma carripana daquelas enormes, só para mim. Iam levar-me o pequeno almoço que era sempre ovos escalfados, torrada, abacate. Ficávamos sempre em hotéis mega chiques... e depois também se sente a calmaria que existe, uma calmaria muito profissional. As pessoas estão todas muito calmas, muito serenas, toda a gente sabe o que é que vai fazer, nunca vi ninguém stressado, toda a gente estava sempre contente, feliz, nunca vi um único problema, nunca. Acho que é a postura e os meios que eles têm.

E com o restante elenco como é que correu a tua experiência?

Não conheci muita gente, mas conheci a Hannah [Ware] que é a protagonista. Ela foi sempre muito, muito querida, muito prestável. Conheci basicamente as pessoas com quem filmei, conheci um ator com quem me dei muito bem que é o Eduardo [Lloveras], o ator espanhol mais novo. Depois também falava muito com um dos realizadores que tive, que foram três, com a diretora de fotografia, que é muito nova e muito talentosa.

Não acredito que tenham de haver necessariamente séries, acho que a qualidade das coisas é que está em falhaComo é que está a correr a série junto do público, ou pelo menos que feedback tens tido?

Há pessoas que gostam muito, há pessoas que dizem que só viram porque tem lá atores portugueses, há quem diga que está muito bem feito, há quem não goste. É um feedback normal, mas quando vêm falar comigo têm sempre palavras de apreço e de valorizar o facto de eu estar lá e do trabalho que fiz. Depois, procuro entre os meus amigos, familiares e a minha namorada saber os podres do que fiz para melhorar.

Aproveitando o facto e termos falado na diferença entre as produções internacionais e as nacionais, é notório que não são produzidas em Portugal muitas séries. Porque é que achas que isso acontece?

Acho que tem a ver com a nossa cultura, também acho que é preciso perceber que a nossa cultura é diferente. O povo português gosta muito de telenovelas e as telenovelas são vistas por muita gente ainda. É uma cultura que já existe há muitos anos e é um formato acessível e muito presente. Por isso é que acho que não existem muitas séries. Não acredito que tenham de haver necessariamente séries, acho que não é bem o formato, acho que a qualidade das coisas é que está em falha. Cresci a ver séries portuguesas e gostava muito, adoro cinema português, mas acho que não há uma grande valorização, por exemplo, do cinema em Portugal. O cinema é sempre muito esquecido em prol de outras coisas. Gostava de ver mais séries, mas também gostava de ver mais cinema.

Às tantas, o teatro é uma coisa que é feita para os colegas. Sim, é difícil quereres fazer uma coisa que as pessoas não querem ir verEm relação à televisão portuguesa, porque é que ainda não te vimos aparecer muito na televisão: falta de oportunidade ou porque estas mais virado para outros caminhos?

Como jovem ator gosto de pensar que quero experimentar de tudo um pouco, o facto de não me terem visto muito ainda é por eu ser jovem e porque não fiz assim tanta coisa. Apesar de existirem pessoas com a minha idade que já viram mais vezes. Tem a ver com o meu percurso, o que me motiva mais é mesmo fazer cinema e teatro, tem a ver com os meus gostos pessoais. Nunca pensei muito em fazer séries, nunca pensei muito em fazer novelas, claro que quando elas apareceram, porque eu já fiz duas novelas, aceitei e de bom grado. Em relação aos convites, acho que até tenho tido sorte porque têm surgido coisas que gosto de fazer, tudo o que fiz gostei muito de fazer. Mesmo fazer novela, que na altura eu queria muito experimentar, porque é muito exigente.

E é fácil em Portugal seguir esse caminho, o de dar preferência ao teatro e ao cinema?

Não, não é. Basta pensar que, muitas vezes, vejo reportagens em televisão com pessoas a dizer que não há público no teatro, mas essas pessoas também não vão ao teatro. Isto pode parecer estranho, e até pode soar presunçoso, mas vou ao teatro para aí desde os 14 anos e se te disser que sempre que vou conheço para 30% das pessoas que estão lá... é assustador. Às tantas, o teatro é uma coisa que é feita para os colegas. Não existe um culto de ir ao teatro, isso perdeu-se e é muito triste.

Sim, é difícil quereres fazer uma coisa que as pessoas não querem ir ver. E depois fazer cinema também é muito difícil, mesmo os orçamentos que existem. A quantidade de filmes que nós fazemos num ano, se calhar, é a quantidade de filmes que outros países fazem em três meses. Não existe capacidade de produção, as pessoas que mandam nisto também não estão muito para aí viradas. Basicamente, o que quero ser é artista, quero dizer alguma coisa às pessoas e quero participar em obras que digam alguma coisa às pessoas. Não quero participar em coisas em que seja só mais um, quero que as palavras que digo sejam importantes… e acho que é um caminho muito difícil, porque não há dinheiro... ou se há está mal distribuído.

Como é que se ganha motivação nesse caminho que dizes tão difícil?

Por exemplo, agora estou a fazer uma peça no Teatro Experimental de Cascais que se chama HAMLET, logo por aí fico motivado. Vou fazer a seguir um espetáculo com uma companhia que é muito jovem que se chama As Crianças Loucas, que vai fazer um espetáculo que é o LisboaWood. É um espetáculo onde há 22 pessoas, atores e músicos, artistas que pensam como eu e que querem dizer alguma coisa. Isso motiva-me muito, ter pessoas da minha idade que querem fazer um espetáculo. Querer ser artista motiva-me imenso, nunca vou deixar de me motivar por causa disso, mas claro que há coisas que me deixam triste.

As pessoas que estão nas escolas de teatro nem têm oportunidade sequer de se mostrar, os castings quase não existemVoltando à televisão. Aproveito para te perguntar a tua opinião sobre um tema que se tem falado muito, o facto de os canais televisivos apostarem em pessoas sem formação. Sendo tu um jovem ator com formação, o que achas disto?

A formação de um ator não tem só a ver com o facto de ires à escola. Vamos pensar num chef de cozinha, se calhar vais a um restaurante e gostas do que um cozinheiro que não tem curso faz, mas esse cozinheiro passou horas da vida dele a experimentar, a ler, a ver outros chefs, a aprender. Claro que se tem de valorizar as escolas, mas enquanto não existir uma carteira profissional teres escola ou não é relativo. E depois, não sinto que todos os meus colegas que andaram comigo na escola me representam. Conheço pessoas que frequentaram a escola comigo mas nas quais não confiaria para representarem a minha profissão, porque não me identifico com a forma como fazem e como veem a profissão, e depois, se for preciso, há pessoas que não estudaram mas que veem montes de filmes, fartam-se de ir ao teatro, fartam-se de ler livros. Acho que isso é que é o trabalho de um artista, preocupares-te com o mundo, olhares para o mundo de forma diferente, isso é que deve ser valorizado. Agora em relação aos canais, acho é que é preciso analisar caso a caso.

Há atores que não têm formação e que valorizo muito e há atores que não têm formação que nem sequer os considero atores, depois há atores que têm formação e que gosto muito e há atores que têm formação e que não considero atores… e também podem não me considerar a mim. Eu próprio não me considero ator, considero-me ainda jovem ator, se é que isso existe, porque faço isto há cinco, seis anos. Acho que uma pessoa para ser ator precisa de estar cá há 20 ou 30 anos, aí é que tu és mesmo ator.

Trabalhar lá fora é muito difícil, eu tive uma sorte descomunal de ter sido escolhido e de aquele palito me ter ajudadoÉ o talento que pode fazer a diferença?

O talento ainda não percebi o que é que é. Há atores muito bons que as pessoas não gostam. O talento não se mede como num jogador de futebol, que marca muitos golos e tu aí consegues ver se ele tem talento. Muitas vezes considera-se que o ator tem talento só pelo facto de ter entrado numa coisa e o outro não ter entrado. Em Portugal, se um ator entra na televisão as pessoas dizem que ele é muito talentoso, se não entra na televisão é porque não é talentoso e não é bom. Não me digam que das 200 ou 300 pessoas que saem das escolas não havia uma pessoa boa e tiveram de ir chamar pessoas sem formação. Para já, as pessoas que estão nas escolas nem têm oportunidade sequer de se mostrar, os castings quase não existem. Digo-te, eu não sei como é que comecei a trabalhar, foi mesmo porque o Carlos Avilez confiou em mim, mas no meu ano foram dois.

Em relação ao futuro já disseste que são o cinema e o teatro as tuas paixões, então e as produções internacionais, queres continuar a apostar numa carreira internacional?

O meu objetivo primeiro de tudo é conseguir fazer sempre projetos com os quais me identifique, apesar de saber que isso não vai acontecer sempre. Se forem internacionais boa, se não forem é porque são nacionais e ainda melhor. Apesar de haver muitas condições lá fora, que é verdade e ninguém pode negar, sempre quis trabalhar no meu país, gosto de Portugal e sou português, mesmo que me dê muito gosto representar Portugal lá fora. E trabalhar lá fora é muito difícil, eu tive uma sorte descomunal de ter sido escolhido e de aquele palito me ter ajudado. Não sei quando é que vou voltar a trabalhar lá fora, pode até nunca mais acontecer.

[O Filipe Duarte] É uma pessoa que foi muito importante para mimO que é que tu achas que pode ser o palito na tua carreira, isto é, o que é que pode fazer a diferença?

As minhas escolhas, tanto de carreira como em cena. As minhas escolhas enquanto ator numa cena e as minhas escolhas enquanto ator no meu currículo. Recusar este projeto, aceitar aquele, e fazer só projetos bons, como fui aconselhado por um amigo meu que era ator e me aconselhou, o Filipe Duarte... ele disse-me sempre, mais vale um bom não do que um mau sim e faz sempre aquilo em que acreditas. Desde que ele me disse isso, sempre quis fazê-lo.

O Filipe Duarte também fez a diferença na tua carreira?

Ele fez, ele fez imenso. É uma pessoa que foi muito importante para mim... é sempre a minha voz da consciência, a voz dele.

Daqui a 20 anos, quando já te considerares um ator...

Vamos a ver, vamos a ver se isso vai acontecer [risos].

Onde é que gostavas de estar, daqui a 20 anos?

Gostava de estar numa grande casa, muito sossegado, a fazer muito cinema, muito teatro e tudo o que aparecer de bom e com que me identifique. Gostava de estar num sítio onde pudesse decidir o que é que quero fazer, e gostava também muito de encenar um dia e ter uma companhia de teatro minha.

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