Jessica Athayde falou abertamente sobre a sua saída da TVI, que aconteceu no início deste ano, depois de vários anos ao serviço da estação de televisão. Tal aconteceu durante uma conversa da atriz com Mariana Cabral, mais conhecida como 'Bumba na Fofinha', no podcast 'Reset'.
"Estive anos a sentir que não era valorizada, que não estava a evoluir, que estava acanhada. Sou eu que não sou talentosa? São eles que não gostam de mim? Estava ligada a um canal e às vezes ia tendo uma oportunidade ou outra, mas sempre aquém daquilo que sentia que podia fazer. Sentia sempre que tinha fome para mais e não me sentia valorizada", confessa.
"Era uma pessoa que tinha um contrato de exclusividade, que era bem paga e que tinha trabalho. Mas, realmente, ser atriz não é isso. É sentires que estás a fazer um bom trabalho, que estás a ir atrás de desafios e estás a sair da tua zona de conforto. Essa frustração ajuda a que cresças. Eu estava ali numa espiral às tantas", conta, mostrando-se contudo grata por todas as oportunidade de que usufrui durante o tempo em que esteve ligada ao canal.
"Fui muito feliz na TVI, tive grandes oportunidades. Toda a formação que fiz enquanto atriz foi graças a ter tido um contrato com a TVI, porque inicialmente nos contratos de exclusividade havia uma cláusula com um valor usado apenas para aulas, para workshops, coachings, seja o que for. Eu devo muito ao facto de ter trabalhado tantos anos ali. Conheci pessoas incríveis", lembra.
Ainda assim, Jessica mostra-se confiante na decisão que tomou: "Ter saído foi a melhor coisa que eu fiz, porque no espaço em que eu saí de repente, sem ter nada... ofereceram-me um papel que eu achei que no meu regresso pós gravidez não fazia sentido. Era um papel pequeno, não desvalorizando, que eu sentia que não trazia nada de novo, nem de desafiante, sentia que não estava a ser apreciada. Estava-me a deixar triste".
"Fui-me embora com conversas de várias pessoas que respeitava, o Bruno [Nogueira], por exemplo. Tive aquele momento de medo, mas depois pensei: 'já não tenho medo, porque é assim: este ano vi três colegas a morrer, alguns infelizes, não quero viver assim'", nota.
"Quase que querias dar aquele abraço quando te vais embora e não tive a oportunidade de dar esse abraço. Não quiseram. Estavam-se a ca*** porque é um negócio. Nunca ponho fora de hipótese voltar a trabalhar com eles", concluiu.
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