O príncipe Harry demonstrou o seu desagrado para com os rótulos que foram colocados à mulher, Meghan Markle, na altura em que o casal decidiu afastar-se da família real britânica no âmbito de um processo que ficou conhecido como 'Megxit'.
Esta terça-feira, 9 de novembro, o duque de Sussex participou num evento virtual da revista Wired, em Nova Iorque, onde refletiu sobre as mentiras que circulam na Internet.
"A desinformação é uma crise humanitária global", disse Harry, referindo-se ao termo 'Megxit' que se tornou viral em 2020.
"O termo 'Megxit' foi ou é um termo misógino que foi criado por um 'troll', amplificado por correspondentes mundiais e que cresceu, cresceu e cresceu até aos média. Mas começou com um troll", notou, sendo que "troll" define internautas que espalham críticas maldosas online.
No seu discurso, Harry ainda falou do seu relacionamento com a imprensa: "Senti isso na pele ao longo dos anos, e vejo isso a acontecer globalmente e a afetar toda a gente, não apenas na América, literalmente toda a gente no mundo. Aprendi ainda muito jovem que os incentivos das publicações não estão necessariamente alinhados com os incentivos para a verdade".
"Conheço muito bem a história. Perdi a minha mãe por causa desta raiva manufaturada, e obviamente estou determinado em não perder a mãe dos meus filhos para o mesmo", completou.
Ainda neste evento e referindo-se à onda de ódio contra a companheira, Harry citou um estudo independente conduzido sobre o assunto.
"Mais de 70% do discurso de ódio sobre a minha mulher no Twitter vem de menos de 50 contas", argumenta, sublinhando que é a imprensa quem "amplifica o ódio e as mentiras, regurgitando tais mentiras como se fossem a verdade".
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