Ricardo Carriço continua em cena com a peça de teatro 'Monólogos do Pénis'. Um espetáculo que estreou no final de setembro e que o junta a Ricardo Castro. Além disso, também integrou o elenco da terceira temporada da série 'O Clube', da Opto.
Projetos que foram abordados em conversa com o Fama ao Minuto, não esquecendo a carreira no mundo da moda e os passos que também tem dado na música.
Mas as 'novidades' na sua vida não são só a nível profissional. Ricardo Carriço está a viver uma nova fase no que ao amor e família dizem respeito, tendo casado com Ana Rebelo no passado mês de maio. Também estes temas não ficaram de fora.
Voltou recentemente à SIC para a terceira temporada da série 'O Clube'. O que mais destaca deste projeto?
'O Clube' é uma série nacional de grande qualidade, onde destaco a realização, a iluminação, o décor, o guarda roupa e claro o elenco de luxo. Uma série gravada com uma única câmara, como se de cinema se tratasse.
Não ter um contrato de exclusividade tem sempre dois lados: não nos dá estabilidade mensal, mas permite-nos trabalhar em várias frentes Um projeto que chega pouco depois de gravar a novela ‘Amar Demais’, da TVI. Não ter um contrato de exclusividade acaba por ser uma vantagem ou uma desvantagem?
A telenovela 'Amar Demais', terminou as gravações em dezembro de 2020. Entretanto já participei em duas minisséries e em Agosto surgiu o convite para 'O Clube'. Como em todas as profissões, não ter um contrato de exclusividade tem sempre dois lados: não nos dá estabilidade mensal, mas permite-nos trabalhar em várias frentes.
Tem em mãos a peça ‘Monólogos do Pénis’, que divide com o também ator Ricardo Castro. Como está a correr esta primeira experiência com o Ricardo Castro no palco?
Está a emocionar-nos pela enorme aceitação do público. Esta experiência com o Ricardo Castro tem sido uma excelente aventura. Já tínhamos trabalhado juntos em televisão, mas este projeto de teatro tem estado a demonstrar que fazemos uma boa dupla. O Ricardo Castro, além de ser um excelente e criativo ator, é de um profissionalismo exemplar.
A nossa profissão é tão dinâmica que todos os dias aprendemos. O que hoje parece mau, amanhã podemos olhar para trás e ver que foi do melhor que nos aconteceu
Uma comédia onde dois amigos falam das suas experiências, das mulheres, dos desgostos, das inseguranças... Quais são as maiores inseguranças dos homens? E as suas, quais são?
[Risos] Para saber as maiores inseguranças destes dois amigos, vão ter de ir ver a peça. As minhas, são normais, como todos as temos...mas são minhas.
Já com uma carreira de mais de 30 anos, o que mais aprendeu, de bom e de mau?
Parece cliché, mas a nossa profissão é tão dinâmica que todos os dias aprendemos. O que hoje parece mau, amanhã podemos olhar para trás e ver que foi do melhor que nos aconteceu. Na parte do 'bom' é a mesma coisa, cada vez que trabalhamos num novo projeto temos algo de bom para acrescentar.
"A incerteza da profissão é angustiante, tu não saberes o que é que vai ser da tua vida amanhã". Estas foram palavras suas, na entrevista ao 'Alta definição' há alguns anos. Tem um certo estatuto que o deixa menos ansioso com esta incerteza, ou considera que não se consegue chegar a este patamar?
Não se trata de estatuto, mas sim de maturidade. Hoje tenho mais calma. Tenho a capacidade de olhar para outras profissões e ver que também vivem da mesma forma. Hoje, consigo olhar em frente e ver que nós próprios podemos criar as nossas oportunidades e empreender nesta área. Isto não quer dizer que a incerteza (já) não me crie ansiedade, mas sinto-a de uma forma muito diferente.
Não me considero vaidoso, mas gosto de mim
"Antigamente, o que nós fazíamos era ser discretos, não abusar da imagem. Hoje em dia é exatamente o contrário. Quanto mais andares na bocas do mundo, melhor. E isto, para a minha maneira de ser, é um conflito. Sou uma pessoa discreta". Estas palavras veem na sequência das anteriores... Com o maior uso das redes sociais, essa exposição é ainda mais intensa. Como é que tem gerido estes avanços, como tem sido essa adaptação?
Como tudo na vida, temos de nos habituar. No princípio é sempre mais complicado, mas com o tempo habituamo-nos e aprendemos a divulgar aquilo que queremos e que poderá acrescentar valor para aqueles que nos seguem.
A moda entrou cedo na sua vida... É um homem vaidoso? Tem algum tipo de cuidados para 'travar' o envelhecimento?
Não me considero vaidoso, mas gosto de mim. Na medida do possível tomo cuidado com o que como, faço desporto e tenho alguns cuidados diários com a pele.
Aquilo que todos procuramos e que tenho a sorte de viver aos 57 anos
Como é que vê a evolução da moda e o seu reconhecimento? E qual considera ser o papel da moda na sociedade?
Gosto de pensar que a moda é um espelho da evolução da sociedade. Apresenta-nos tendências que dão a liberdade de escolha a cada um de nós.
A música também faz parte da sua vida, e já lançou um álbum a solo, 'O Meu Mundo'. Tenciona continuar a investir no mundo da música?
Sem dúvida que a música faz parte da minha vida. Neste momento estamos a estudar os próximos passos a dar.
"Acredito que se a paternidade não me foi 'oferecida' a uma determinada altura na vida foi por algum motivo", disse também em conversa com Daniel Oliveira. Hoje, casado e com três enteados, como é que olha para a paternidade?
A vivência em família tem trazido boas surpresas. É um desafio partilhar a vida com os meus enteados. Todos diferentes, todos adolescentes, todos adoráveis e juntos num crescimento mútuo. Da teoria à prática, no dia a dia, aprendemos sempre.
Como é que descreve esta fase da sua vida? Para si, nesta fase, o casamento tem outro sabor/significado?
Esta fase da minha vida está ser maravilhosa, um estado de graça diário. Aquilo que todos procuramos e que tenho a sorte de viver aos 57 anos.
Fala sempre da sua mãe com um enorme carinho e diz que é um grande pilar na sua vida. Mas qual foi a fase em que o apoio da sua mãe teve um significado particularmente importante e especial?
Sim a minha mãe é um grande pilar na minha vida, pelo exemplo diário que me dá (desde sempre), pelos valores, pela educação, pela forma como nos ensinou a enfrentar a vida. O apoio da minha mãe tem um significado particularmente importante todos os dias.
E com o seu pai, o que mais aprendeu?
Com o meu pai aprendi, entre muitas outras coisas, a capacidade de comunicar com todos de igual forma.
Se tivesse de escolher uma personagem [interpretada por si ou não] que melhor descrevesse o Ricardo Carriço, qual seria, e porquê? E qual a música que melhor descreve a vida de Ricardo Carriço?
Boa pergunta. Desta fiquei sem resposta (e a pensar), não sei nem que personagem, nem que música me descreveria melhor.
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