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"A trabalhar sinto-me má mãe, muito em casa sinto-me má profissional"

Mãe de três filhos e dona de uma carreira de sucesso, Carolina Deslandes conta-nos, em entrevista ao Fama ao Minuto, qual o maior desafio da sua tão atarefada rotina.

"A trabalhar sinto-me má mãe, muito em casa sinto-me má profissional"

Com apenas 18 anos, Carolina Deslandes mostrou-nos o superpoder de, com a sua voz, encantar tudo e todos. O talento revelado no programa 'Ídolos' foi notado, mas não o suficiente para chegar ao sucesso.

Quase a desistir do sonho, foi o amigo Agir quem voltou a dar-lhe uma 'capa mágica' para voar. Com persistência e amor tornou-se uma referência no mundo da música em Portugal.

Aos 30 anos, é ao conciliar a carreira de sucesso com a atarefada vida familiar - de quem é mãe de três crianças - que se descobre como uma verdadeira super heroína... Ou não fosse a cantora uma grande fã de super-heróis e embaixadora de 'MarvelSpidey' - série que serviu de ponto de partida para uma conversa entre Carolina Deslandes e o Fama ao Minuto

Carolina, enquanto embaixadora da série 'MarvelSpidey', começo por perguntar-te: és fã de super-heróis?

Muito. Dos filmes e das bandas desenhadas.

Quando estás em palco sentes que és uma super heroína?

Claro. É a única coisa que me ajuda a acalmar os nervos. Isso e os meus filhos.

Que superpoderes são precisos para conseguires ser mãe de três filhos [Santiago, Benjamim e Guilherme], uma cantora de sucesso e ainda conciliar todos os projetos que tens em mãos?

O superpoder do amor. E o da ajuda. São os únicos superpoderes necessários.

Quem está munido de bases fortes, aprende a deixar as coisas no lugar delas. Mas quem não as tiver pode mesmo correr perigoQual o maior desafio nesta tua tão atarefada rotina?

A culpa. Se estou a trabalhar sinto-me má mãe, se estou muito em casa sinto-me má profissional.

O que fez a diferença para que, na altura em que trabalhavas num restaurante, depois de teres desistido de cantar, voltares a apostar no teu sonho?

A amizade do Agir. Se não fosse ele a acreditar em mim, provavelmente não tinha voltado.

Nessa altura, alguma vez achaste ser possível atingires o sucesso que tens hoje?

Sonhei muito com isso, mas parecia sempre longe.

As redes sociais têm um papel impulsionador para os artistas, mas no teu caso representaram muitas vezes um local onde acabavas por ser vítima de comentários maldosos. Na altura em que surgem as primeiras polémicas, estavas preparada para isso?

Não. Acho que ninguém está. Acho que quem está munido de generosidade e amor, quem tem bases fortes, aprende a deixar as coisas no lugar delas. Mas quem não as tiver pode mesmo correr perigo, porque isso destrói uma pessoa se deixarmos.

Conseguiste agora criar uma proteção contra estas agressões?

A maior proteção é: família, casa, resguardo e silêncio. 

O que poderia mudar para que figuras públicas, e não só, deixem de ser alvo de ameaças, insultos e tão severas críticas nas redes sociais?

Passar a ser considerado crime. 

Usas muitas vezes as tuas redes sociais para defenderes as causas em que acreditas e manifestares-te contra atos racistas ou homofóbicos, por exemplo. Acreditas que os artistas têm obrigação de dar a cara por causas como estas sem medo de com isso poderem perder público ou receber críticas?

Não acredito que tenham a obrigação. Há pessoas que sentem que têm de fazê-lo, outras que não. Eu não saberia viver de outra forma, mas tenho amigos meus que dizem que não conseguiriam viver como eu vivo também.

No teu caso, a defesa destas causas faz parte da tua missão?

Absolutamente. E eu tenho muito talento para ser odiada, não vou deixar de dizer as coisas por medo. "I’d rather be some people's shot of whiskey than everyone's cup of tea [Eu prefiro ser o trago de uísque de algumas pessoas do que a chávena de chá de todos, em tradução literal, expressão que significa preferir alguma disrupção à total consensualidade]".

Ainda é mais difícil para uma mulher, quando comparado com um homem, viver da música em Portugal nos dias de hoje?

Acho que estamos num bom caminho. Há cinco anos a diferença era gritante, agora tens uma celebração como os Globos de Ouro em que a Melhor Canção e a Melhor Interprete são mulheres.

Gostava de fazer uma digressão no BrasilO que vestimos, a cor de cabelo, as tatuagens ou o modo de vida ainda são alvo de discriminação num meio artístico que até há alguns anos era em Portugal muito ‘certinho’ e até tradicional?

Sempre que apareces vais ser alvo de críticas, porque todas as pessoas que estão a olhar para ti são uma equação que foi como consequência das suas vidas. Não há dois resultados iguais. E, assim sendo, há quem admire a diferença e há quem a julgue. 

Abraçaste recentemente um novo desafio, o musical 'A nova Cinderela no Gelo'. Foi o facto de esta personagem ser uma Cinderela diferente do tradicional que te levou a aceitar?

Claro. Uma Cinderela com pelo na venta, pareceu-me muito o meu género.

Tiveste de aprender a andar de patins para este projeto?

Comecei a aprender e parei porque parti o pé.

E no que diz respeito à representação, é uma área com a qual estás à vontade?

Estou zero à vontade, mas dou tudo o que tenho para que corra bem.

Gostavas de no futuro estar ligada a outros projetos relacionados com a representação?

Gostava muito.

Por falar em futuro, o que é que ainda te falta fazer enquanto artista?

Tanto. Mas gostava de fazer uma digressão no Brasil.

Há novos projetos para breve?

Estou a preparar um disco novo. 

Por fim, o que dirias hoje à menina que há uns anos participou no programa Ídolos?

Tem calma, vais lá chegar... e não estragues o teu cabelo.

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