Catarina Furtado destacou duas fotografias suas em que aparece enquanto Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA de maneira a chamar a atenção para a importância da solidariedade se estender a todas as pessoas, independentemente da raça, género, nacionalidade ou outra característica.
"A primeira é na Guiné Bissau (um país que tem uma elevadíssima taxa de mortalidade materna e neonatal) e a segunda foi tirada no Bangladesh, no maior campo de refugiados do mundo, Kutupalong em Cox’s Bazar", começa por explicar.
"Na Ucrânia, nos próximos três meses cerca de 80.000 mulheres vão dar à luz, não contando com as que já foram mães entretanto em tempo de guerra. Mamãs e bebes precisam de ajuda! O UNFPA tem uma imensa experiência que eu testemunho há mais de 20 anos, a salvar vidas. Em diferentes contextos humanitários, sem escolha de prioridades porque cada vida conta", evidencia.
Entretanto destaca: "NÃO EXISTEM PESSOAS DE PRIMEIRA E PESSOAS DE SEGUNDA!".
"O que está a acontecer na Ucrânia é inacreditavelmente triste, angustiante, perigoso e tem movido montanhas de solidariedade. Essa é a única realidade bonita nesta realidade tão cruel. E por isso mesmo não podemos aceitar que a nossa empatia seja seletiva, nem pela distância, nem pela cor de pele, nem pela religião, nem por nenhuma outra razão, racional ou irracional", argumenta.
"Deixo um aplauso gigante à solidariedade transversal e à memória de quem, neste momento, se encontra com os seus direitos violados, num sofrimento que por mais que queiramos nunca conseguiremos imaginar: pessoas que tentam sobreviver à morte, arriscando a vida", completa.
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