Num evento organizado pela Ikea Portugal no âmbito do projeto 'Entrem', os famosos estiveram à conversa com o Fama ao Minuto - à exceção de Joana Barrios que não esteve presente -, e falaram do seu lar, partilhando alguns pormenores sobre as necessidades e gostos.
Um encontro onde foram apresentados todos os vídeos com as histórias de cada famoso, imagens essas que ainda não estão todas no ar. No dia 23 de março ficou disponível o vídeo de Ana Varela, esta segunda-feira, 4 de abril, vai para o ar o testemunho de Maria Imaginário e no decorrer deste mês e de maio vão ficar disponíveis os restantes.
Soraia Tavares vê na casa, sobretudo, o local de "descanso". "Gosto muito que as coisas sejam práticas, que haja espaço e que seja fácil de limpar", destacou.
A atriz e cantora partilha o seu lar com um amigo, companhia que "trouxe uma vivência diferente à casa e que gosta bastante". "Se mudar de casa neste momento levo-o atrás".
A decisão de partilhar casa com um colega aconteceu pouco tempo antes da pandemia chegar a Portugal, e neste momento não é a sua única companhia. Entretanto, adotou um gatinho, outro grande companheiro.
"Comecei a viver muito mais a minha casa depois da pandemia e percebi que realmente escolhi bem o sítio. Gosto mesmo de viver naquela zona, naquela casa, e acho que tornamos as coisas muito mais funcionais, e conseguimos olhar para a casa como um sítio onde podemos passar muito mais tempo. Antes era só um dormitório e, de repente, passou a ser um sítio de estar. E confesso que 'fui feliz' na pandemia porque esse meu colega de casa veio só dois meses antes da Covid-19 e de fechar tudo, depois tive um gatinho… Adicionei coisas à casa e foi muito feliz para mim morar ali", contou.
Com a chegada dos companheiros de casa, foram feitas algumas alterações na habitação, como o closet que passou para a marquise. Já a sala, com a pandemia, passou a ser o espaço onde "passavam mais tempo". "Onde fazíamos as nossas atividades, desde a ginástica até às dobragens, a ver filmes, a brincar com o gato… Passou a ser uma sala de convívio. Apesar de depois conseguirmos fecharmo-nos os dois em cada quarto e sentirmos o silêncio, sozinhos, conseguimos dar esse espaço um ao outro", explicou.
Se tivesse que deixar a sua casa e só podia levar um objeto, qual seria? "Não sou muito agarrada aos objetos, mas comida (risos) porque nós precisámos é de nos alimentar".
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Maria Imaginário não notou grandes mudanças na sua vida com a chegada do confinamento, isto porque era das pessoas que já passava muito tempo em casa, onde é também o seu espaço de trabalho. "Já passava por esse processo há anos", confessou.
Recordando o primeiro confinamento, contou que estava na sua casa em Londres, onde tem um pátio e apanhava banhos de sol. "Curiosamente, o mês de março foi o mais solarengo de Londres nos últimos 100 e tal anos, por isso tive muita sorte", disse.
Para si, o pior da pandemia foi ver os projetos serem cancelados. "Isso custou-me, agora a parte de estar em casa não", admitiu, referindo depois que o confinamento "obrigou-a a fazer uma pausa que não sabia que precisava".
"E acho que melhorei muito em termos mentais e profissionais por ter ficado nesta pausa. Comia melhor, respeitava mais os meus tempos de refeição, aproveitei para estudar, fazer cursos de coisas que ainda não dominava bem. Consegui, dentro de casa, aproveitar todas estas coisas boas que acho que negligenciava. A casa era também um local de trabalho onde, muitas vezes, chegava à noite estafada e mesmo que tivesse uma sopa no frigorífico, mandava vir uma pizza. Na pandemia consegui dar mais valor a essa parte da cozinha e do cuidar de mim mentalmente", partilhou.
A artista afirma que "adora trabalhar em casa" e tem "divisões próprias", conseguindo assim que a casa seja dois locais distintos, separando os dois mundos: o trabalho do lar. "Talvez porque quando comecei a trabalhar há dez anos não tinha outra opção, e depois habituei-me".
"Mas tenho também uma vida social que mantive durante a pandemia, não fisicamente, mas eu e os meus amigos tínhamos sempre ao final da tarde um encontro no Zoom, com leite de aveia e coisas assim. Mas mantive-me sempre muito ativa com os meus amigos. Acho que até nos aproximamos mais, falávamos constantemente ao telefone... Toda a gente ficou sem nada para fazer, debatíamos imensas ideias. Fora da pandemia, gosto sempre de falar com os meus amigos, tenho uma regra de ligar às pessoas - não fico mais do que duas semanas sem falar com as pessoas mais próximas, tenho isso escrito", acrescentou.
Maria Imaginário é uma pessoa que adora fazer mudanças em casa. "Não gosto, por exemplo, de ter coisas definitivas, de ter coisas na parede. O meu namorado queria meter a televisão na parede e eu disse que não, porque daqui a um ano posso fartar-me de ter aqui a sala e querer mudá-la para a divisão do lado. A minha casa tem muitas divisões mas todas pequenas, e já foi um bocado de tudo. O meu estúdio já foi sala, já foi quarto… Vou mudando as coisas porque gosto também desse liberdade", partilhou.
"Gosto, por exemplo, de mudar as coisas de sítio. Um fim de semana mudo a casa completamente, ponho a televisão noutro sítio, mudo o sofá e parece que tenho uma casa nova. No verão tiro a carpete do chão porque parece que estou noutra casa, gosto de ter essa sensação. Se calhar porque estou sempre em casa, então gosto de mudar”, confidenciou.
E todos os pormenores contam, por isso tem as divisões de cores diferentes. "Tenho uma sala que é azul claro, o meu estúdio neste momento é lilás super claro, antes era tipo azul turquesa… Eu funciono por cores, quando vou comprar roupa, por exemplo, vou primeiro pela cor - isto é amarelo, deixa ver se é giro. Não tenho coisas pretas em casa, não gosto de preto, não tenho roupa preta e não tenho quase nada assim escuro. Claro que vivo com o Filipe [namorado] e temos que [nos adaptar]. Mas, por exemplo, comprei um aparador preto e pintei-o", explicou.
Se tivesse que deixar a sua casa e só podia levar um objeto, qual seria? "Mais do que propriamente objetos, acho que levaria livros porque eles fazem-te companhia e sou muito desprendida de bens materiais. Tenho imensas coisas com história na minha casa, que apanho no lixo ou que herdei da minha avó e restauro, ou que comprei na feita da ladra… Mas depois também me apercebo que elas vão ficando deterioradas e não tenho problema nenhum em dar a alguém para restaurarem a sério ou ir para o lixo. E quando me desprendo, desprendo. Fico triste, mas depois passa".
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Ao contrário de Maria, Ana Varela não é fã de grandes mudanças no que à casa diz respeito. "Não sou aquela pessoa que anda sempre a mudar tudo em casa. As coisas estão assim quase desde o início, e acho que vão continuar assim. Quando encontro o ponto prático de eficiência e da estética que acho que está certo, aquilo já não mexe muito. Mas não é um projeto fechado, é um projeto sempre em aberto. Não sou daquelas pessoas em que o sofá hoje está aqui e amanhã está noutra ponta da casa. Até porque a casa é pequenina, não tem assim tantas hipóteses", disse, mostrando-se também preocupada com o meio ambiente e tentado dar sempre prioridade à sustentabilidade.
"A maior parte das coisas que estão [na minha casa] vieram já das casas anteriores. Tento sempre procurar soluções como madeiras certificadas ou compro em segunda mão, ou até vendo. Sempre que faço mudanças de casa - já não faço há quatro anos -, vendo ou dou a amigos que estão a precisar. Reutilizo as mobílias, mas também não sou de comprar muito. A minha cama foi comprada no OLX por 50 euros, confesso. Portanto, opto sempre por essas soluções que sejam funcionais, eficientes e do ponto de vista de sustentabilidade", destacou.
A atriz é uma pessoa que "dá muito valor à casa", onde passa "muito tempo". "Às vezes até acho que me isolo um bocadinho. Entro em casa e só o cheiro, a sensação, faz-me sentir tão confortável… E o facto de ter um espaço lá fora faz com que não esteja fechada dentro de casa. Tenho este contacto com a natureza, com o jardim, apanho banhos de sol… Gosto muito da minha casa", frisou. E com a chegada da pandemia, o jardim acabou por ser ainda mais uma 'regalia', uma vez que conseguia ter um espaço para respirar fundo.
Também ao contrário de Maria, Ana Varela não tem as divisões separadas por cores. "É tudo muito claro, tem tudo muitas plantas… a luz é muito importante para mim. Acho que não tenho um estilo de decoração. Tem de ser prático, eficiente e tem de ser versátil, principalmente a minha sala. Como a minha cozinha é muito pequena, a sala é a sala de estar, é onde as miúdas brincam, é onde jantamos quando alguém vem jantar lá a casa - meto uns puffs no chão e é onde jantamos porque não tenho mesa para receber visitas -, é onde meto a secretária, onde faço ioga quando está a chover… Portanto, tem de ser também versátil. E numa casa com crianças tem mesmo de haver isso. Sou uma pessoa bastante prática", realçou
Se tivesse que deixar a sua casa e só podia levar um objeto, qual seria? "Levava roupa, não? (risos)".
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Paulo Azevedo foi outras das figuras públicas que fizeram parte do projeto 'Entrem', da Ikea Portugal, e que também esteve presente no evento organizado pela empresa. Em conversa com o Fama ao Minuto, o ator falou da sua divisão preferida, a sala, que passou a ser o local de eleição por causa da pandemia.
"Decorei o quarto dos miúdos ao pormenor com todos os brinquedos, mas eles começaram a levar os brinquedos para a sala. Com a pandemia, a sala era um local de trabalho, a nossa creche, também tenho dois cães... A sala é onde passamos mais tempo. Começaram a espalhar os brinquedos pelo chão e achei que isso era vida. E foi algo que se transformou com esta parte da pandemia, estive muitas vezes de quarentena, eles também, e a sala transformou-se no nosso porto de abrigo", realçou.
Paulo Azevedo também está atento aos pormenores da decoração e é participativo. "Na cozinha nem tanto, mas gosto do meu quarto decorado ao meu gosto, o quarto deles [filhos] também fui eu que decorei. Dou algum valor à decoração", confessou.
"Não gosto tanto de obras porque depois é uma logística tremenda, mas gosto de escolher o quadro, de meter o quadro, de vir às compras, gosto de fazer parte da decoração ativa da casa", acrescentou.
Se tivesse que deixar a sua casa e só podia levar um objeto, qual seria? "A minha cama. Passo muito tempo em hotéis e tenho muita dificuldade".
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