Cláudia Vieira marcou presença na apresentação da RISE, a nova máquina da Delta, esta terça-feira, em Lisboa, onde confidenciou algumas curiosidades. Amante de café, contou que está numa fase em que não pode desfrutar da bebida a partir de meio da tarde, correndo o risco de isso "influenciar o sono".
Mas a conversa com o Fama ao Minuto não se prendeu apenas à cafeína, pois são vários os projetos que têm marcado a sua vida profissional, não esquecendo a boa fase a nível pessoal que também atravessa.
No momento em que a SIC celebra 30 anos, Cláudia Vieira falou de um "projeto surpreendente" como foi a novela 'Lua de Mel', ou o "formato completamente novo" em Portugal que foi o concurso 'Cantor ou Impostor?'.
Há muito tempo que não via pessoas tão entusiasmadas a fazer televisão
Terminadas as gravações de 'Lua de Mel', qual o balanço que faz deste projeto?
Foi um projeto surpreendente para mim. Foram só três meses de gravações, o tempo ideal para fazer uma novela [entre risos]. Foi surpreendente porque ia fazer uma participação e, de repente, virou uma personagem à séria, com características muito diferentes de tudo o que já fiz. Foi maravilhoso para mim, uma descoberta ver-me num registo diferente e nós, atores, ficamos surpreendidos connosco próprios ao dar vida a determinadas personagens. Fiquei muito satisfeita por ter a minha Dina.
O 'Cantor ou Impostor?' acabou por se revelar um grande sucesso. Gostou deste desafio?
Foi entrar no desconhecido, era um formato completamente novo e não sabíamos como o público ia recebê-lo. Quando fui vê-lo a Espanha percebi que era um programa que ia agarrar, era impossível que isso não acontecesse. Dás por ti a jogar, dás por ti a participar, a fazer uma aposta ou outra com um elemento da família e ficas curioso para ver se aquela pessoa canta ou não.
Um dos segredos do programa é o facto de ser muito familiar, concorda?
Tinha esse ingrediente de agarrar e de ser familiar, uma vantagem para obter bons resultados mas, mais do que isso, foi surpreendente para mim todo o ambiente. Tínhamos uma equipa de técnicos absolutamente mágica e muito entusiasmada. Há muito tempo que não via pessoas tão entusiasmadas a fazer televisão. O mundo da televisão é muito exigente e cansativo, e estar tantas horas em estúdio e termos de parar de gravar porque o operador está a rir e mexeu a câmara é genial. Toda a gente que participou no programa amou fazê-lo. Para mim, enquanto apresentadora, foi uma experiência maravilhosa a todos os níveis.
Talvez me identifique mais com a atitude do apresentador, mas tenho paixão pelas duas áreas
Tendo em conta que o formato foi tão bem recebido e que a Cláudia gostou tanto de fazê-lo, vamos poder ver uma segunda temporada?
Se não virmos anda tudo louco [gargalhadas]. Gosto muito da apresentação. Em relação à típica pergunta 'preferes apresentar ou representar', até há bem pouco tempo respondia sempre que preferia representar e acho que a representação mexe muito, tem uma angústia boa de nunca sabermos se a cena seguinte vai ter a verdade certa ou não. Dar vida às personagens, senti-las, sentir as suas dores, é muito mágico, especial e viciante.
E agora, a apresentação ocupa um lugar diferente na lista das suas pretensões para o futuro?
Fui convidada, do nada, a apresentar um programa e foi uma coisa que fiz porque o desafio era muito interessante numa fase inicial - porque não sou de dizer que não e gosto de experimentar. A televisão, principalmente os diretos, tem uma adrenalina incrível. É muito bom haver uma comunicação sincera, porque acabamos por ser nós próprios, não há aquela coisa de ser um ator, de esconder atrás de uma 'capa'. Talvez me identifique mais com a atitude do apresentador, mas tenho paixão pelas duas áreas.
Sinto-me muito completa e realizada
Com o fim destes dois projetos, o que se segue? Há já algum desafio em cima da mesa?
Há mas está naquela fase em que o perfil está a chegar, está a ser analisado… É uma novela da SIC, mas não sei exatamente se vou fazer porque depende muito das características da personagem. Chegamos a determinadas fases das nossas vidas em que é interessante entregarmos a nossa energia aos projetos certos. Vamos ver.
O facto de a vida amorosa lhe correr tão bem tem influência no facto de, a nível profissional, estar a viver uma fase tão positiva?
Sem dúvida. Acho que o lado pessoal, amoroso neste caso, tem sempre um peso muito grande no nosso estado de espírito. Acho que também se consegue separar as águas e haver uma entrega e um fascínio muito grande pelo que estamos a fazer e, de repente, deixarmo-nos envolver por aquele projeto ou desafio e estarmos com o mesmo brilho.
No entanto, acho que quando os vários pontos da nossa vida estão preenchidos - como é o caso do amor, do meu papel enquanto mãe, enquanto filha, enquanto atriz e apresentadora, enquanto amiga -, tenho uma serenidade e felicidade para viver o dia a dia de uma forma completamente diferente. Este é um desses momentos. Sinto-me muito completa e realizada.
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