O príncipe Harry, que se encontra em Londres a propósito do processo em tribunal contra a Associated Newspapers, prestou depoimento falando abertamente sobre a difícil relação que sempre teve com a imprensa, a qual não foi facilitada pela realeza, pelo contrário.
"Após a morte da minha mãe em 1997 quando eu tinha 12 anos e a forma como foi tratada nos media, sempre tive uma relação difícil com a imprensa", referiu o duque de Sussex.
"Contudo, como membro da instituição [real] a política era 'nunca queixar, nunca explicar'. Não havia alternativa, estava condicionado a aceitar. Na maior parte das vezes, aceitei o interesse pelas minhas funções públicas", continua.
Contudo, a situação piorou quando o príncipe iniciou o namoro com Meghan Markle, notando que ele e a mulher foram alvo de "ataques persistentes e de assédio", destacando os artigos de tom racista que incidiam sobre Meghan.
O príncipe lamentou ainda o facto do palácio lhe esconder informações relativas às alegadas escutas telefónicas, ilegais, que foram feitas pelos jornalistas de maneira a terem acesso a informações privilegiadas.
Por outro lado, Harry alega que nunca houve uma "discussão" sobre o assunto. "Há a ideia errada que estamos em constante comunicação, mas isso não é verdade", nota, garantindo que os gabinetes que representam os membros da realeza não comunicam entre si.
"Trago este assunto porque amo o meu país e continuo profundamente preocupado pelo poder imenso, influência e criminalidade da Associated", completa.
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