Rita Ferro Rodrigues: "A Tina Turner abriu o vidro e disse-me 'hello!'"

A apresentadora fez uma sentida homenagem à cantora norte-americana que morreu hoje, 24 de maio.

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© Instagram - Rita Ferro Rodrigues | Getty Images

Notícias ao Minuto
24/05/2023 20:45 ‧ 24/05/2023 por Notícias ao Minuto

Fama

Tina Turner

À semelhança de diversas personalidades portuguesas, também Rita Ferro Rodrigues fez uma homenagem a Tina Turner, que morreu esta quarta-feira, aos 83 anos. 

Na sua página de Instagram, a comunicadora partilhou uma história mais pessoal relacionada com um dos concertos que Tina deu em Portugal.

"Terá sido muita coisa para tanta gente. Para mim começou por ser a memória do meu primeiro beijo longo na boca, aos 14, 15 anos, em Alvalade ao som do 'The Best'. Ainda nesse concerto e apesar do momento marcante os meus olhos não desgrudavam do palco, a Tina Turner era a mulher com mais pinta do mundo: de jeans e camisa branca na primeira parte de depois a então estou em erro, de vestido brilhante curto, aquelas pernas poderosas e uma sexualidade a dançar que fazia eriçar os pelos de uma múmia, a voz que vinha da vida, da dor, do amor . O power total", recorda.

"Mais tarde li a biografia dela, vi a série, nessa altura já sabia o quanto esta mulher tinha sofrido, levou pancada de quem era suposto a ter amado, perdeu tudo, até pelo seu nome teve de lutar e aos 45 anos e depois de muito sofrimento, conquistou finalmente o mundo e a glória absoluta, a paz, o amor sereno, o respeito das pessoas que tanto a destrataram quando era mais miúda, por ser pobre, negra e mulher", lamenta.

"Nessa vinda da Tina Turner a Lisboa, ficou instalada no Hotel da Lapa. No dia antes do concerto eu ia para casa a pé depois da escola e vejo uma limusine abrandar para eu passar na passadeira. Sendo o carro pouco habitual no bairro, timidamente espreitei pelos vidros fumados e vi a Tina Turner. Devo ter feito uma cara tão espantada que ela abriu o vidro e disse 'Hello!' e sorriu. Breves segundos. Fechou o vidro e seguiu viagem. E eu fiquei, muito miúda, perdida no meio da rua, boquiaberta a tentar perceber o que tinha acontecido ali. Não havia telemóveis, o momento ficou-me gravado na retina e no coração. A simplicidade e simpatia, a cena mais corriqueira e bela", relata.

"Hello Tina. A janela fechou mas a música no carro vai aos gritos e vamos dançar para sempre. Obrigada por tudo", completa.

Leia Também: Tina Turner. Icónica cantora e musa do rock n'roll deixa música de luto

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