Gérard Depardieu sob custódia policial após acusações de agressão sexual

A informação foi confirmada pelo advogado do artista esta segunda-feira.

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Notícias ao Minuto com Lusa
29/04/2024 13:49 ‧ 29/04/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

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Gerard Depardieu

O ator francês Gérard Depardieu foi detido para ser interrogado. O advogado do artista confirmou esta segunda-feira à CNN que o seu cliente foi levado sob custódia policial em Paris. 

De acordo com a BFMTV, Gérard Depardieu, de 75 anos, apresentou-se numa esquadra da polícia na manhã desta segunda-feira, estando a ser interrogado pelas acusações de agressão sexual que duas mulheres apresentaram, cujos crimes, alegadamente, ocorreram em 2021 e 2014.

Um dos casos envolve uma decoradora, que integrou a equipa técnica do filme 'Les Voltes Verts', de Jean Backer, em 2021, e que acusa Depardieu de agressão e assédio sexuais e insultos sexistas numa mansão em Paris. A queixa contra o ator foi apresentada este ano.

A propósito do comportamento de Depardieu em cena, a atriz Anouk Grinberg, que participou naquele filme, contou à AFP que ouvia "comentários obscenos" "de manhã à noite".

"Quando os produtores contratam Depardieu para um filme, eles sabem que estão a contratar um agressor", afirmou a atriz.

A outra queixa contra Depardieu foi apresentada por uma antiga assistente, que o acusa de agressão sexual em 2014, nomeadamente por "comentários obscenos", durante reuniões em casa, em Paris, e por "propostas sexuais" durante a rodagem do 'Le Magicien et les Siamois', de Jean-Pierre Mocky.

Gerard Depardieu, que a AFP considera "um gigante do cinema francês", enfrenta ainda outras três queixas de violação, uma delas por denúncia da atriz Charlotte Arnould, e uma pela jornalista espanhola Ruth Baza.

Em dezembro passado, o canal France 2 exibiu, no programa 'Complément d'investigation', imagens captadas durante uma viagem de Depardieu à Coreia do Norte em 2018, nas quais o ator surge a fazer comentários de caráter sexual a mulheres, sobre mulheres e sobre uma criança.

A exibição do programa levou várias personalidades do teatro e do cinema a afirmar que não voltariam a trabalhar com Depardieu e esteve na base das declarações da ministra francesa da Cultura da altura, Rima Abdul Malak, sobre a possibilidade de ser retirada a Legião de Honra ao ator.

Depardieu, através dos seus advogados, colocou a condecoração à disposição do Governo e declarou-se vítima de "um linchamento mediático".

Na altura, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse à France 5 ser um "grande admirador" de Depardieu e afastou a possibilidade de retirar a Legião de Honra sem haver uma condenação na justiça.

[Notícia atualizada às 15h06]

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