José Castelo Branco já foi ouvido esta quarta-feira, dia 8 de maio, no Tribunal de Sintra, depois de o interrogatório por parte do juiz de instrução criminal, que aplicará eventuais medidas de coação, ter sido adiado devido à greve dos oficiais de Justiça. Inicialmente, 10h00 era o horário apontado, mas não se veio a confirmar. O marchand de arte permaneceu nas instalações da GNR de Alcabideche, onde pernoitou, até cerca das 10h40, hora em que iniciou o percurso até ao tribunal, a que chegou sensivelmente pelas 10h50.
Segundo fonte do tribunal referiu à Agência Lusa ainda na terça-feira, não havia garantia de que o socialite fosse ouvido hoje, novamente por causa da paralisação dos oficiais de Justiça. "Amanhã de manhã pode voltar a acontecer o mesmo pois estão em vigor avisos de greve. Só na quinta-feira de manhã haverá a certeza de se realizar o interrogatório", referiu a mesma fonte. No entanto este facto não se veio a verificar e o marchand de arte foi mesmo presente a juiz esta quarta-feira, tendo já sido ouvido.
Esta tarde serão ainda ouvidas as pessoas responsáveis pelo relatório médico que resultou na queixa de violência doméstica contra o marchand de arte. No entanto ainda não foi divulgada a identidade destas testemunhas.
Pedro Nogueira Simões, advogado do socialite, destacou na terça-feira que José "está de consciência tranquila, sem qualquer problema para prestar declarações [e] não se vai remeter ao silêncio porque a condenação não tem qualquer fundamento", realçando também que "ele está animado, como sempre".
Pedro Nogueira Simões, advogado de Castelo Branco© Álvaro Isidoro / Global Imagens
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Também a agente do socialite, Luciana Lima, revelou que José Castelo Branco está "tranquilo". "Disse-me que não tem nada a temer e que está totalmente disposto a colaborar com as autoridades", afirmou.
De recordar que José Castelo Branco foi detido na manhã de terça-feira, dia 7 de maio, quando se preparava para ir aos estúdios do programa da manhã da TVI, 'Dois às 10', onde iria dar uma entrevista a Cláudio Ramos e Cristina Ferreira.
O socialite está acusado do crime de violência doméstica contra a mulher, Betty Grafstein, de 95 anos, que se encontra internada no Hospital CUF Cascais, desde o dia 20 de abril, onde recupera atualmente de uma embolia pulmonar. A denúncia terá sido feita pela própria designer de joias a vários profissionais de saúde daquela unidade hospitalar, que depois formalizaram a queixa junto das autoridades competentes, um vez que em causa está um crime público.
Esta não é a primeira vez que José Castelo Branco é acusado de violência. Em 2005, um empreiteiro que fazia obras na casa de Betty Grafstein, em Sintra, acusou-o de ter sido agressivo. Em 2014, o marchand de arte acabou mesmo por ser condenado pelo Tribunal de Sintra a trabalho comunitário.
Mais recentemente, circularam imagens na internet de uma altercação que José Castelo Branco protagonizou num restaurante no Bairro Alto, em Lisboa, bem como de um desentendimento com Pedro Pico - que ocupa uma casa cuja proprietária é Betty Grafstein, em Sintra - que envolveu agressões físicas entre os dois.
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Já esta quarta-feira António Leal e Silva, amigo de Castelo Branco e Betty, em conversa na 'Casa Feliz', afirmou que: "Acho esta história muito mal contada. Sou amigo do Abel há muito tempo. Não quero tomar partidos de ninguém, a justiça tem de ser feita, a violência doméstica tem de ser condenada sem qualquer tipo de clemência com figuras públicas. (...) [Mas] a Betty não é nenhuma coitadinha, nem frágil. Era uma mulher livre, independente, autoritária, muito 'senhora do seu nariz', que sabia muito bem o que queria".
De recordar ainda que, segundo a TVI, Roger Grafstein, filho de Betty, já tinha apresentado queixa por violência doméstica em 2003 conta Castelo Branco.
O caso teve origem numas férias que o casal passou em Vilamoura, Algarve. Ao ver que a mãe estava com "hematomas" no rosto, Roger veio dos Estados Unidos para ver o que se passava. Perante a gravidade da situação, recorreu às autoridades.
[Notícia atualizada às 14h53]