Morreu o pianista Sérgio Mendes, esta sexta-feira, aos 83 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Era um consagrado embaixador internacional da música brasileira.
A notícia foi confirmada ao jornal Globo por familiares do artista, sem detalhar, no entanto, a causa da morte. O músico e compositor já vinha desde o fim de 2023, a enfrentar doenças decorrentes de problemas respiratórios.
Principal expoente do samba-jazz, o músico deu os primeiros passos na carreira ao lado de nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell.
Foi em Copacabana, no Rio de Janeiro, que ouviu pela primeira vez a canção 'Mas que nada', na voz do autor Jorge Ben Jor, até hoje seu maior sucesso. Em 2006, a música foi regravada, igualmente com grande êxito, com a banda americana Black Eyed Peas.
Sérgio Mendes vivia há seis décadas em Los Angeles, nos Estados Unidos, ao lado da mulher, a cantora Gracinha Leporace, com quem estava casado há mais de 50 anos. A decisão de partir de vez, com a família, para os EUA, onde realizou fez duas digressões ao lado de Frank Sinatra, com quem cultivou uma profícua amizade, foi precipitada pela instabilidade do Brasil após o golpe militar de 1964.
Muitos dos sucessos dos seus sucessos foram também com versões de outros artistas, nomeadamente com 'The fool on the Hill', dos Beatles, 'The look of love', de Burt Bacharach, ou 'My favorite things', de R. Rodgers e O. Hammerstein.
Venceu três prémios Grammy, gravou mais de 35 álbuns e com ele colaboraram vários músicos, como Carlinhos Brown, John Legend, Erykah Badu e Will.i.am, músico dos Black Eyed Peas que lhe produziu um disco em 2006.
Em 2020, a sua história foi contada no documentário 'Sérgio Mendes: In the Key of Joy', de John Scheinfeld.
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