A advogada e comentadora do programa 'Dois às 10' Suzana Garcia falou esta terça-feira, 26 de novembro, sobre a acusação do Ministério Público a José Castelo Branco.
No programa apresentado por Cristina Ferreira e Cláudio Ramos, a advogada confessou-se "desconfortável" pela celeridade com que o caso está a ser tratado pela justiça e pelo dia em que a acusação se tornou pública que, para si, "não foi coincidência".
Apesar da acusação formal ter sido feita no início do mês, foi tornada pública apenas na segunda-feira, 25 de novembro, dia em que se assinalou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
"As mulheres portuguesas não têm menos direitos do que as 'Bettys' da vida", referiu, explicando que é advogada de várias mulheres que sofrem de violência doméstica, algumas delas estando à espera "há dois anos" por uma acusação.
De relembrar que José Castelo Branco foi acusado "pela prática de um crime de violência doméstica" pelo Ministério Público.
O caso teve início quando Betty Grafstein deu entrada no Hospital CUF Cascais no dia 20 de abril deste ano. Foi na unidade hospitalar que a designer de joias disse que tinha sido vítima de agressão por parte do companheiro, e de forma continuada.
Em maio, após ser detido pela GNR, por decisão do Tribunal de Sintra, José Castelo Branco ficou impedido de contactar a vítima e de permanecer no hospital onde, à data, se encontrava a mulher internada.
Ficou igualmente proibido de permanecer na residência que Betty Grafstein viesse a ocupar quando tivesse alta hospitalar.
O arguido não se pode aproximar da mulher, a menos de um quilómetro, estando sujeito a meios técnicos de controlo à distância (pulseira eletrónica), segundo o despacho do juiz de instrução criminal.
José Castelo Branco negou qualquer agressão e disse que as denúncias de violência doméstica contra a mulher, com quem está casado há quase 30 anos, "são ridículas".
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