"Podia ter sido pior". Foi com estas palavras que Ricardo de Sá começou a conversa com Júlia Pinheiro na tarde desta terça-feira, dia 3 de dezembro, referindo-se à tentativa de assalto de que foi vítima.
O ator e cantor estava a caminho do trabalho, ia subir ao palco para um espetáculo, 'A Noite', no dia 16 de novembro, quando foi agredido numa estação de serviço. Ricardo de Sá, partilha, tinha o vidro sujo e queria lavar o carro, por isso decidiu parar no local, por volta das 19h, e nunca imaginou tal desfecho.
"Mal meti a moeda para lavar o carro, senti uma presença, olhei para trás e levo uma cacetada com um objeto de ferro. Fiquei muito confuso, sem saber o que é que estava a acontecer", recordou.
No 'Júlia', da SIC, o ator relatou que "mal levou a cacetada sentiu que tinha aberto o nariz e que tinha um golpe", pois começou desde logo a sangrar.
"Foi tudo muito rápido e quando fui agredido com aquilo, o anel que era do meu avô paterno saiu-me do dedo. A minha preocupação era que tinha que apanhar o anel. Passado três semanas, senti que foi isso que me salvou. Porque o facto de ter levado a pancada e de o anel cair, baixei-me, e ao baixar-me o agressor pensou que eu tinha efetivamente ido para o chão", explicou.
"Depois de ser agredido e de ter apanhado o anel, vi que a pessoa estava a tentar entrar no carro, mas ele só abre se estivermos por perto e aquilo nem sequer tem uma maçaneta comum. Tem um botão quase invisível à noite", acrescentou.
"Percebi o que estava a acontecer, reagi, fiquei um bocado estupefacto - a pessoa quando viu que estava de pé tentou agredir-me outra vez e tentou tirar a chave do carro. Aí defendi-me e depois a pessoa fugiu", continuou.
"Sempre a sangrar muito, entrei no carro depois de a pessoa fugir, vi se tinha alguém à volta, a estação de serviço estava deserta - acho que só tinha o funcionário lá dentro, mas a lavagem automática ainda é longe do posto de abastecimento. A minha preocupação era como é que ia fazer a peça", confessou, lembrando que não chamou a polícia ao local e foi direto para o sítio onde ia atuar. Quando lá chegou, diz, contou o que se tinha passado e pediu para chamarem o seu substituto na peça. Só depois de perceber que tinha quem o substituísse é que pediu para o levarem ao hospital.
"Com tudo o que já vivi, aprendi a lidar com coisas menos boas de forma mais positiva. Obviamente, tentei fazer um processo interior", partilhou ainda. "Às vezes, durante a noite durmo mal e tenho imagens", confesso, reconhecendo também que nunca estamos "preparados" para viver uma situação destas.
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